terça-feira, 29 de abril de 2008

MARIAN KEYES - B. GUERRA


LITERATURA

AUTORA BÁRBARA GUERRA


marian keyes
smh.au


Marian Keyes é uma grande escritora irlandesa, que escreve sobre fatos do dia-a-dia e sobre mulheres, mulheres de todos os tipos: inseguras, fracas, fortes, a maioria delas com problemas de depressão na infância ou que passam por maus bocados ocasionados por choques, que poderiam acontecer a qualquer um de nós.

Eu pensei em escrever sobre algum livro dela, mas não pude escolher apenas um. Resolvi, então, falar do que há em comum entre eles e o que os torna incríveis. São livros para ler e refletir sobre a vida, e como sempre vão haver momentos assombrados por problemas, seja por fantasmas antigos ou novos, antes de se conseguir os momentos de plena felicidade.

Alguns dos livros caminham pela Psicologia e mostram pelo que as personagens passam para superar um choque, pessoal ou profissional. Vão contando aos poucos o que houve no passado que tanto as abalou. E é nesse ponto que a autora consegue prender o leitor, a curiosidade de entender os motivos de certos comportamentos, por meio dos quais sempre somos surpreendidos.

Os livros escritos por Marian e publicados no Brasil são: Melancia, Férias!, Sushi, Casório, É Agora... ou Nunca! e Los Angeles.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

UM VOTO DE CONFIANÇA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Há alguns dias, vinha querendo registrar aqui um questionamento e meu estresse de minhas manhãs de aula: Por que os pedestres não utilizam a bendita passarela?

Desço do ônibus e deparo-me com dezenas de estudantes, mães com seus filhos e trabalhadores optar por atravessar a Av. Washington Soares e desviar-se dos milhares de carros ao invés de escolher a passarela para atravessá-la.

Conversando com um amigo, ele tentou justificar essa decisão costumeira dizendo que, por acharem estar mais expostos a assaltos na passarela, as pessoas preferem atravessar a perigosa avenida a se arriscarem a uma possível abordagem inesperada.

Por mais coerente que pareça essa razão, ainda resistem algumas dúvidas: As ruas de Fortaleza estão repletas de motoristas inconseqüentes e, na Av. Washington Soares, parece que todos eles se revelam. Há milhares de acidentes. As ultrapassagens são mais perigosas de serem feitas, e tanto homens como mulheres de anos de direção tendem a se estressar ou até mesmo evitar dirigir na avenida. Então, diante dessa realidade, é viável arriscarmos nossas vidas atravessando essa avenida, correndo para não sermos pegues pelos carros a encararmos o nosso receio de caminharmos pela ponte? Podemos ser assaltados em qualquer esquina, infelizmente, então por que não damos preferência à vida e utilizamos uma obra construída para facilitar o cotidiano dos pedestres que circulam por aquele bairro? Às vezes, eu me pergunto: Será que as pessoas reclamariam do governo se não houvesse essa passarela ou elas simplesmente continuariam a atravessar a avenida, satisfeitas por estarem fazendo o que sempre fazem?


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NOTA DO EDITOR: Como de costume, o texto apresentado pode ser lido no blog pessoal da Camila. Clique aqui para conferir.

terça-feira, 22 de abril de 2008

INTRODUÇÃO A NÓS MESMOS


GABRIEL MACEDO & ELAINE QUINDERÉ


O que alguns de vocês lerão aqui não se trata de política ou economia, ciência ou saúde, cultura ou arte, esporte, literatura, nada. Trata-se de um desabafo. Uma manifestação sentimental.

No domingo, dia 13, eu, Gabriel, estive conversando com a aluna Elaine, a quem vocês todos devem conhecer. Nós gastamos algum tempo no MSN discutindo sobre o propósito inicial, a grande razão geradora do ContraOSenso.

O blog foi criado por sugestão da professora Elisabete Jaguaribe, da cadeira de Introdução ao Jornalismo. Antes de mais nada, quero que saibam disso. Quero que todos se lembrem do dia em que ela convidou a mim e a uma equipe a montar um site na Internet para falar sobre as pesquisas do seminário que haverá no final do semestre.

É preciso que eu, nesse momento, acrescente um ingrediente que acho fundamental: o meu ponto de vista. Na realidade, eu nunca vi o blog vinculado à disciplina Introdução ao Jornalismo. Todas as vezes que acessei, seja para escrever, para editar ou para ler, via o site mais conectado à turma que se juntou, de uma maneira ou de outra, na sala T44.

O que nós estivemos escrevendo até agora, para alguns serviu de informação, para outros, não. O que estamos percebendo é que a grande maioria desconhece o real significado do blog, acha que é mais uma maneira de se obter uma nota ou um ponto a mais na nossa média. Claro, a nota é importante, estamos em uma universidade particular. Notas boas são importantes.

Mas o blog, em essência, não gira em torno disso. Muito além de uma boa média, queremos, através do blog, iniciar-nos no nosso campo profissional jornalístico. É importante termos uma base de como será o nosso trabalho futuro, é importante estar atento ao que acontece. O blog não é um gerador de notas da disciplina de Introdução ao Jornalismo, ele é independente de qualquer disciplina. Sim, ele é uma introdução, uma introdução ao mundo, ao campo jornalístico e a nós mesmos.

O ContraOSenso é uma forma de aprendizado. Ele sim, podemos dizer, é o nosso real professor. É nele onde fazemos papel de jornalistas, onde denunciamos o que nos desagrada, onde aprendemos sobre assuntos diversos, onde podemos abrir nossa mente e deixar fluir o sentimento. Através dele, poderemos aprender a escrever, a pesquisar, a ler, a criticar, a aperfeiçoar e a alimentar qualquer atividade que, certamente, nos será extremamente útil quando pudermos nos chamar "operários do Jornalismo".

O que construímos até agora? Desafio-os a responder a essa pergunta. O que se tem erguido, até agora, a partir das primeiras publicações e comentários? Enquanto pensamos sobre isso, não podemos deixar de agir. Ação, leitor, ação, leitora, é disso que esses dois estudantes que aqui escrevem estão falando. Desafiamos todo e qualquer um a procurar compreender o mundo, o Brasil ou qualquer lugar que seja. Os jornais estão em circulação, a Internet nos metralha de informações a cada milésimo de segundo e a televisão não dorme, não apaga. Não podemos apagar. Não podemos nos apagar, fechar os olhos, viver na escuridão e, alienados, perder o grande coração da carreira jornalística: a in-for-ma-ção.

O nosso objetivo principal é informar, expandir nossos horizontes, crescer. É essa a proposta maior. Ninguém aqui está sequer preocupado com um ponto na média da primeira Nota Parcial de Introdução ao Jornalismo. Nenhuma pessoa que escreveu e contribuiu para o blog acredita, seriamente, que fez o que fez para ganhar créditos. Escrevemos porque precisamos e, principalmente, porque amamos.

Queremos despertar seus interesses, ver os futuros jornalistas desse mundo. Estamos no início de uma longa jornada, mas é no alicerce que se encontra a força de toda uma estrutura. Devemos fazer a diferença. Não queremos indiferença. Sejamos imparciais, mas mostremos nossos sentimentos, nossas angústias e desejos.


Nós apostamos e acreditamos, cegamente, que o site vai se manter de pé até mesmo quando o primeiro semestre da turma de 2008.1 se findar. Acreditamos sim que, enquanto houver apenas um fiel, um escritor, um mero informante, o diário virtual vai sobreviver. E quer saber por que temos tanta certeza disso? Porque não somos um, somos dois. Podemos ser três. Quatro, talvez. Podemos ser muitos. E muitos, enquanto sonham, tranformam, e enquanto transformam, realizam, realizam-se.

DO OUTRO LADO - T. HEROS


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA THAMYRES HEROS


Todas as reportagens devem antes ser analisadas por você mesmo, para que depois seja transmitido tudo o que os outros não irão transmitir. Devemos, portanto, parar a fim de analisar e de ir pelo outro lado da história.

O "Caso Isabella" teve muita repercussão na mídia, através de sensacionalismo e desrespeito. Reportagens encheram os jornais diários com especulações sobre o crime e, a cada dia, "novas informações" desnecessárias são despejadas.

O que muitos de nós, que estamos acompanhando o caso, ainda não atentamos foi para o outro lado da história. O caso não só deveria ter chocado toda a sociedade como também ter lhe instigado à critica sobre a falta de ética e competência tanto dos delegados e promotores vinculados ao caso como dos peritos. Um crime que aos seus olhos, faltam com o espírito investigativo e que parecia já ter respostas, mostrou-se mais complicado do que se pensava. A resolução do suposto assassinato foi seriamente abalada pela falta de preservação da cena do crime, bem como de outras possíveis provas que também perderam sua identidade. Também não foi respeitada a quantidade de vezes, estabelecida por lei, para que se analise a cena do crime.

Essa falta de competência não está ligada apenas à análise do caso da menina Isabella Nardoni, mas também vinculada a muitos outros casos que não foram tão divulgados pela mídia. Em conseqüência disso, o Brasil é conhecido mundo afora por essa irresponsabilidade com as provas do crime.

Com todos esses fatores, faz-se praticamente óbvio que nunca haverá provas suficientemente verdadeiras para apontar com convicção um culpado, e um crime que atingiu toda a comoção social provavelmente ficará sem solução, ou pior, acusará inocentes apenas para satisfazer a cobrança da opinião pública.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

CHICLETE - E. QUINDERÉ


LITERATURA

AUTORA ELAINE QUINDERÉ


chiclete
livraria loyola


Bubble Gum é o segundo livro da autora parisiense, Lolita Pille, polêmica autora do livro Hell. O livro mescla dois temas clássicos da literatura da autora: a inocência ultrajada e o pacto com o mal.

Em Bubble Gum, dois personagens se encontram e se confrontam: Manon, uma bela garota provinciana, que mora no sul da França e vai tentar sua carreira de modelo em Paris, e Derek, um herdeiro de uma multinacional, que tem como maior prazer manipular as pessoas e suas vidas. Derek é atraído por Manon, que entrega sua alma, seu destino e, naturalmente, seu corpo para ele. Graças a Derek, que, no desenrolar da história, torna-se seu namorado, Manon consegue ficar famosa e brilhar em todas as capas de revistas mais famosas mundialmente. Manon consegue se sobressair na elite parisiense, porém à base de antidepressivos, bebidas alcoólicas e entorpecentes. A desgraça de Manon se dá quando ela percebe que tudo não passou de um jogo do seu amado e, por ele ter "destruído" sua vida e, consequentemente, sua fama, traça um plano para se vingar.

Muitos comparam a personagem Manon com Madame Bovary, mas enquanto a personagem de Flaubert protagonizou romances "água com açúcar", Manon vive e sofre na pele a influência que muitos sofrem da mídia, da televisão e das revistas de celebridade: a fama a qualquer preço.
Embora Manon fique cega com os flashes das câmeras em sua volta, ela não é iludida. Sabe muito bem que muitos em seu meio aparecem por que parecem ser algo ou alguém. Ela conhece a linha tênue que separa a realidade e a ilusão.

A protagonista aparece em todas as propagandas e em todas as capas de revista. Em festas badaladíssimas, cheias de artistas célebres, lá está ela,envolta em uma luz ofuscante. Manon chegou ao topo e sabe que é uma vencedora. Até que Derek decide acabar com brincadeira, e o preço a ser pago por ela é a base de alucinações, depressão e alcoolismo.

Lolita Pille descreve uma narrativa mais complexa do que aparenta, é sempre crítica aos valores contemporâneos da sociedade. Agora, sabe-se muito bem porque o livro chegou a ser um dos mais vendidos na França.


pille
Lolita Pille

sexta-feira, 18 de abril de 2008

INDICIADO - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o pai e a madrasta, respectivamente, da menina Isabella, foram levados hoje ao 9º Distrito Policial para depor. Um forte esquema de segurança foi montado e a presença maciça da imprensa foi notada. Muitos curiosos estiveram presentes, inclusive chamando o casal de "assassino", numa demonstração emocionante de revolta e repúdia. O casal estivera na casa do pai de Alexandre e, pelo que consta, tiveram dificuldades em deixar o lugar. Precisaram seguir em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano Júnior, informou à mídia que o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, foi indiciado pelo homicídio da filha. Isso significa que ele se torna, oficialmente, suspeito de ter matado Isabella na noite de 29 de março. A mulher de Nardoni e madrasta da vítima, Anna Carolina Jatobá, segundo Galiano Júnior, será indiciada também pelo mesmo crime logo que terminar de prestar seu depoimento.


O diretor também afirmou que "o caso está praticamente solucionado" e confirmou que a prisão preventiva do casal, supostamente o próximo passo a ser dado, não será pedida à Justiça tão cedo.

"Para se fazer uma preventiva, tem que se reunir uma documentação, não é assim. Ela precisa ir bem embasada, não é o momento. De forma alguma ela será pedida hoje."

O que fazer? Aguardar? O que pensar? Não pensar? O que vocês, leitores, acham, afinal de contas? Acreditam nas suposições da polícia, que aponta o casal como principal suspeito, ou crêem na versão dos "acusados", a de que uma terceira pessoa, suposto criminoso, cometeu o assassinato e deixou o apartamento e o prédio sem deixar pista alguma?

terça-feira, 15 de abril de 2008

O REINO - B. GUERRA


CULTURA & ARTE

AUTORA BÁRBARA GUERRA


the kingdom


Nunca conseguiria discutir sobre esse filme em terceira pessoa, ou como se fosse uma resenha formal. Foi um filme que mudou meu modo de pensar, por isso, não vejo motivo para falar sobre ele como se não fosse algo que me atingiu. Que quero compartilhar com vocês.

A história começa com Ronald Fluery (interpretado pelo incrível, Jamie Foxx) dando uma aula na escola de seu filho. Ele fala sobre seu emprego como agente do FBI, realmente mostrando como o personagem é carinhoso e amável com o seu filho.

Enquanto isso, na Arábia Saudita, há um grande atentado terrorista contra a colônia americana que há no país. Homens vestidos como integrantes da polícia que protegia os americanos invadem o local atirando para todos os lados, inclusive em mulheres e crianças. Quando aparece a equipe de ajuda para os feridos, acontece uma explosão onde muitos morrem, inclusive um grande amigo de Ronald, chamado Fran.

Ronald e sua ótima equipe formada por Janet (Jennifer Garner), uma legista muito ligada ao Fran como ao Ronald, Grant (Chris Cooper), o mais experiente de todos e perito em decifrar mistérios e Adam (Jason Bateman), que foi incluso na equipe por ter dado a idéia de eles irem ao Reino da Arábia Saudita para descobrir quem foi o mandante dos ataques.

É uma trama cheia de mistérios e com um quebra-cabeça sendo decifrado com mínimos detalhes e com muita ação, mas a “mensagem” que é deixada ao final do filme foi o que mais me chamou à atenção. Não vou explicar qual é esse pensamento que me deixou sem sono; quero instigar vocês a assistirem o filme, quero saber se sou boba ou se ele é capaz de tocar várias pessoas, mesmo que de forma diferente.

O GRANDE FILME DE MONROE - T. LOPES


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA TAÍS LOPES


monroe


Um Absurdo! 1,5 milhão de dólares por uma cena de sexo oral? Sim, a humanidade chegou ao caos!

Uma cópia de uma cena de um filme onde Marilyn Monroe faz sexo oral em um homem não-identificado foi vendido por nada mais, nada menos que 1,5 milhão de dólares a um nova-iorquino, em um leilão. A cópia do filme e várias informações sobre o acontecimento teriam sido obtidas por meio de um filho de ex-agente do FBI que entregou o material a um leiloeiro. Segundo o jornal O Povo, o filme, em preto e branco, teria sido rodado nos anos cinqüenta, e sua cópia original foi retida pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) em 1960. Edgar Hoover, diretor do FBI, na época, mandou que seus agentes provassem que o homem desconhecido era o então presidente dos Estados Unidos, Jonh Kennedy, ou seu irmão Robert Kennedy, porém a tentativa foi em vão.

É triste ver que existem pessoas que fecham os olhos para todas as dificuldades presentes no mundo inteiro.

MAIS SOBRE A UNB; ROBERTO AGUIAR É O NOVO REITOR - G. MACEDO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


O professor aposentado, de 67 anos, Roberto Aguiar, foi nomeado hoje, pelo Ministério da Educação, como o reitor temporário da Universidade de Brasília. Essa conquista se deu pela vitória de Roberto na votação do Conselho Universitário da universidade supracitada. O ministro da Educação, citado anteriormente, Fernando Haddad, esteve presente durante o anúncio do secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota.

O reitor-substituto disse que suas prioridades, uma vez que assumirá por, provavelmente, dois meses, eram três:

1. apelar aos alunos para que deixem o prédio da reitoria, onde estão acampados desde o dia 3;
2. rever as contas da Universidade;
3. investigar os contratos da Instituição com as fundações.

"Não temos mais tempo de pequenos grupos. É o momento de grandeza. Nós passamos e a entidade fica. Nós passamos e deixamos uma marca de ética. É o momento histórico da universidade."

Foi isso que o reitor disse ao defender a idéia de que não pretende "usar carro oficial nem apartamento funcional destinados ao reitor Timothy". Aguiar também disse que uma de suas metas é realizar, o quanto antes, as eleições que indicarão o próximo reitor da Universidade. A grande maioria dos estudantes reinvidica: os votos dos professores, servidores e alunos devem ter o mesmo peso.

Roberto Aguiar foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, assessor do Ministério da Educação na gestão do senador Cristóvam Buarque e professor da Faculdade de Direito da UnB durante 20 anos. Será que ele será capaz de administrar uma situação tão delicada quanto essa? O que vocês acham?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A ONU

POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


O suíco Jean Ziegler declarou hoje, em relatório especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Alimentação, que a produção em massa de biocombustíveis significa crime contra a humanidade pelo seu impacto nos preços mundiais dos alimentos.

Isso mesmo que você leu: crime.

O argumento de Ziegler e dos demais críticos da tecnologia é de que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e também contribui para o aumento dos preços dos mantimentos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recebeu um pedido do relator especial da ONU para que mude a política que diz respeito aos subsídios agrícolas e para que deixe de apoiar somente os programas destinados à redução da dívida. Jean Ziegler acredita que a agricultura também deve ser subsidiada em locais onde se possa garantir sobrevivência da população como um todo.

"Temos agora que colocar nosso dinheiro onde está a nossa boca, para que possamos colocar comida em bocas famintas."

A frase é de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial (Bird), defendendo a idéia de que não se pode ficar apenas no discurso, mas tomar uma ação eficiente e prática. Juntamente ao presidente do Bird, o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, defendeu a adoção de medidas urgentes para conter a inflação.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva tomou a palavra. Ele disse que não se pode culpar o investimento nos biocombustíveis pela pressão nos preços. Defende a tese de que é necessário produzir mais em nível mundial. Lula considera a questão inteira como "inflação boa", pois "convoca" os países a produzir em maior quantidade. O Presidente acha que a inflação dos alimentos deve-se ao fato de que as pessoas estão comendo muito.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Brasil poderá se beneficiar pelo "choque de oferta", pois trata-se de um país ainda em parte agrícola.

domingo, 13 de abril de 2008

30 ANOS DE GUERRA NAS ESTRELAS - G. MACEDO


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTOR GABRIEL MACEDO


sabre de luz
folha


A aclamada e mais popular série do diretor George Lucas, Star Wars, está aniversariando. Foram trinta anos de criatividade, fantasia e muita ficção científica. Por isso mesmo, decidi noticiar o curioso fato dentro da categoria de Ciência & Saúde, apesar de não ter grandes relações com tal assunto.


A nave Discovery, que pode decolar na terça-feira (23), rumo à Estação Espacial Internacional, vai levar a bordo nada menos do que o sabre de luz utilizado pelo personagem mais famoso da série, Luke Skywalker, no filme de 1983, "O Retorno de Jedi".

O objetivo, é claro, é apenas comemorar o aniversário da série de Lucas. Acho que ninguém espera, de fato, utilizar o sabre de luz como arma contra ninguém! Ao final da missão da nave, o sabre ficará em exibição o Centro Espacial da Nasa, no Texas. A atividade espacial, que deve durar 14 dias, tem como objetivo lançar o módulo Harmony (um tubo de alumínio de pressão fabricado na Itália), que permitirá unir os laboratórios europeu e japonês (Colombus e Kabo, respectivamente), ao posto avançado orbital.

REITOR DA UNB RENUNCIA AO CARGO - G. MACEDO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


Em primeiro lugar, considero o assunto de que vou falar como parte da categoria Política & Economia porque creio que o que esteve acontecendo na Universidade de Brasília (UnB), além de passear nos campos culturais, sociais e por vezes pessoais, refere-se, em grande instância, à política brasileira como um todo. Quando falamos de política, pensamos em homens carecas que usam ternos sem graça e gravatas sem cores, óculos e canetas douradas, mas existe uma política na cabeça de cada estudante, do colégio à Universidade, e essa política é tão poderosa quanto qualquer outra existente.

Desde o dia 3 de abril, um severo número de estudantes da Universidade de Brasília tem estado, sem segredos e delongas, na reitoria da Instituição. A tomada do prédio é, fatualmente, uma invasão, mais ou menos como aconteceu, no ano passado, na Universidade de São Paulo (USP). Os alunos, até o dia 10, decidiram em assembléia manter a invasão e paralisar as aulas pelos dias seguintes, firmes e fortes na idéia de que só deixariam o prédio da reitoria na ocasião da renúncia do reitor Timothy Mulholland. A Polícia Militar não estava presente, mas não foi preciso. O número contado pelos próprios estudantes era de 1.600 pessoas em assembléia.

Segunda-feira, água e luz foram cortadas da Universidade. Os alunos também decidiram, na mesma reunião, que deixariam a reitoria quando, também, religassem as luzes e deixassem jorrar a água. No entanto, o ambiente não é de decadência. Enquanto esperam pelas decisões dos "homens do poder", os alunos dançam funk, praticam yoga, jogam futebol e vôlei. Não se trata, porém de um movimento pacífico. Manifestações contrárias à ocupação esquentam o clima a cada momento de tensão. Cerca de 300 servidores e professores da UnB foram ao edifício, em apoio ao reitor Mulholland. Um acidente já aconteceu. Trata-se da queda de um estudante de artes cênicas de um dos andares da reitoria. Felizmente, o rapaz passa bem e já voltou à ocupação, seu espírito revolucionário fervendo.

O reitor foi acusado em ação de mau caráter administrativo de usar de forma "ilegal" recursos que deveriam ser destinados à pesquisa na decoração de apartamento funcional. Mulholland se defendeu em nota: "Finalmente, tenho o direito de conhecer a acusação e de me defender na Justiça, onde meus direitos serão respeitados". Na semana passada, ele disse, com convicção, que não intenciona renunciar.

Pois muito bem. Vejam bem: ele o fez. O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que parlamentares, outros ministros e até mesmo o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, chegaram a apelar ao reitor que ele abandonasse o cargo por alguns dias. O Ministro mostrou-se extremamente responsável e envolvido na questão, comprometendo-se com tudo o que estiver acontecendo. Durante 60 dias, o reitor Timothy Mulholland ficará afastado da reitoria e seu vice, Edgar Mamiya, ficará a cargo. Em nota, o reitor afastado disse:

"Foi uma decisão pessoal para assegurar princípios constitucionais de eficiência, publicidade, moralidade, impessoalidade, legalidade e transparência nos fatos a mim imputados."

Para quem disse: "Eu entrei na forma da lei e sairei na forma da lei", é até engraçado observar o quão forte é o poder da pressão estudantil, força vital de qualquer instituição de ensino. Uma ação do Ministério Público Federal no Distrito Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios protocolou que cerca de R$ 470.000 foram desviados do financiamento de projetos e pesquisas e desenvolvimento institucional da UnB para mobiliar e decorar um imóvel do reitor. Além disso, R$ 72.000 foram usados para comprar um automóvel de uso exclusivo do mesmo.

Absurdo? Também acho.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

ISABELLA E A MÍDIA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Na penúltima aula de Introdução ao Jornalismo, 08 de abril, tivemos um debate sobre a intensa divulgação pela mídia sobre a trágica morte de Isabella de Oliveira Nardoni.

O acidente ocorreu na noite de 29 de março e, desde esse dia, o fato é narrado em todos os jornais de canal aberto. Se aquele que organiza a pauta jornalística soubesse ministrar melhor a notícia sobre o "caso Isabella", colocando apenas novas informações que pudessem solucionar a questão de quem foi o culpado de sua queda do sexto andar, talvez não haveria a repetição de dados já abordados ou a duração da matéria seria reduzida.

Todas as partes do Jornal Hoje apresentaram elementos irrelevantes no caso da menina de cinco anos: mostrou uma conversa com a irmã do Alexandre, Cristiane, os minutos de cada telefonema feito na noite do incidente e o decreto da Justiça a favor da liberdade do casal Alexandre Nardoni e Anna CarolinaJ atobá, presos há oito dias. O que poderia perdurar por, no máximo, dois minutos, tornou-se metade do jornal de hoje.

Por que há mais cobertura desse assunto quando já houve piores e o nível de importância dado para estes pela mídia foi mínimo comparado ao caso da menina Isabella? Na primeira quarta-feira desse mês, 02 de abril, aconteceu algo semelhante¹

e o vi sendo abordado no jornal da televisão por apenas um dia e somente como fragmento de uma matéria sobre Isabella. Então, como se justifica essa predileção?

Todos os dias surgem novas conseqüências da estrondosa chuva no Nordeste, os hospitais continuam não tendo como suprir o intenso número de pessoas com suspeita de dengue, manifestações durante a passagem da tocha olímpica pelos estados europeus, americanos e asiáticos persistem, acidentes ocorrem, infelizmente, diariamente, mas não há tanta divulgação sobre notícias globais, apenas sobre o infortúnio da noite de 29 de março.
Realmente espantou a todos o falecimento dessa linda garota que iria fazer aniversário na semana seguinte do desastre e com certeza é muito importante informar quando houver novas pistas que auxiliem para desvendar o mistério, mas a mídia não pode descuidar-se da sua meta de informar continuamente sobre o mundo e com maior ênfase o Brasil e concentrar-se em apenas um fato.

A finalidade do Jornalismo, segundo Bill Kovach e Tom Rosenstielno, no livro Os Elementos do Jornalismo, é "fornecer aos cidadãos as informações de que necessitam para serem livres e se autogovernar". As pessoas precisam das notícias por causa de um instinto básico do ser humano, que é nomeado de Instinto de Percepção, então, é importante manter a sociedade informada dos fatos em andamento, como também de novos temas e acontecimentos do mundo. Finalizo, por fim, perguntando: será que há algo por trás dessa intensa cobertura pela mídia sobre a morte de Isabella ou realmente eles acreditam que esse fato é mais relevante do que todas as tragédias diárias no Brasil, por assaltos, enchentes ou imprevistos?

¹Charlene Pimenta de Andrade, 10 anos, caiu do quarto andar de um prédio em Cariacica (ES). A suspeita é de que a criança, para fugir da agressão do pai, acabou pulando a janela. Ela teve fraturas no tornozelo direito e na bacia, mas está fora de perigo e não corre risco de morrer. O pai da menina vai continuar preso durante a investigação.

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NOTA DO EDITOR: Mais uma vez, a Doutora em Jornalismo Camila Marcelo nos prestigia com uma instigante matéria sobre a magnífica polêmica que assistimos a todo momento na TV sobre Isabella. O texto, como sua última resenha, também foi postado no seu blog pessoal e pode ser conferido aqui.

HAIRSPRAY - B. GUERRA


CULTURA & ARTE

AUTORA BÁRBARA GUERRA


Estrelando:
John Travolta - Edna Turnblad
Queen Latifah - Motormouth Maybelle
Michelle Pfeiffer - Velma Von Tussle
Christopher Walken - Wilbur Turnblad
Nicole Blonsky - Tracy Turnblad
Zac Efron - Link Larkin
Brittany Snow - Amber Von Tussle
Amanda Bynes - Penny Pingleton
Elijah Kelley - Seaweed J. Stubbs
Allison Janney - Prudy Pingleton
James Marsden - Corny Collins
Taylor Parks - Lil Inez
Jerry Stiller - Mr. Pinky
Paul Dooely - Mr. Spritzer

Hairspray Um filme baseado no premiado musical da Broadway. No começo dos anos sessenta, mais exatamente no ano de 1962, as mudanças começam. No elenco, grandes atores como John Travolta, Queen Latifah e Michelle Pfeiffer.

Divertido e com muitas críticas ao racismo, a superficialidade dos adolescentes da época e como a mídia define os parâmetros de beleza, [o filme] faz quem assiste ver que muitos desses problemas da época são atuais.

Tracy (interpretada pela carismática Nikki Blonsky), uma adolescente rechonchuda tem um grande sonho: fazer parte do mais popular show da época o Corny Collins Show. Por não estar dentro dos padrões de beleza e ser gordinha, logo que chega à seleção para entrar no programa, é humilhada por Velma Von Tussle (interpretada por Michelle Pfeiffer), a gerente e coreógrafa da emissora, que é muito preconceituosa.

A heroína não se deixa abalar por nada, no castigo do colégio faz amizade com Seaweed (interpretado pelo estreante Elijah Kelley), um rapaz negro que dança muito bem. Ele lhe ensina a dançar de uma forma diferente, o que faz com que ela entre no show.
Com um enredo eletrizante, músicas maravilhosas e coreografias de arrepiar, Hairspray é um musical gostoso e contagiante; é quase impossível vê-lo apenas uma vez.

O NORDESTE EM ALERTA - S. SALDANHA


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA SUZANE SALDANHA


As chuvas no Nordeste vêm deixando milhares de dezenas de desabrigados por toda a região. O estado mais atingido é o Maranhão. Em tal estado, cerca de 86 municípios sofreram danos e as inundações já mataram 4 pessoas. As fortes chuvas também vêm alcançando os estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

No nosso Estado, cerca de 172 mil pessoas foram lesadas nessa semana, e esse numero pode crescer. Uma das preocupações que o governo tem é a proliferação de doenças que pode ocorrer com as chuvas.

O presidente Lula disponibilizou 540 milhões de reais para ajudar as vítimas das enchentes, e os Estados começaram a trabalhar para conceder o seguro-safra, mais aplicado no período nas secas. Essas inundações não são novidades para nós, nordestinos. Temos que ter mais solidariedade e ajudar as pessoas que estão precisando. O Corpo de Bombeiros criou a campanha “Doa Ceará”. Todas as doações de alimentos não perecíveis, roupas (em especial, agasalho para idosos e crianças) e filtros deverão ser feitas em qualquer unidade da Corporação. Essas doações serão encaminhadas para a Capital e para os municípios mais atingidos pela chuva no interior do Estado.

Para qualquer doação, é só se encaminhar para as unidades do Corpo de Bombeiros. O telefone é 199. Vamos ajudar!

LADRÕES DE BICICLETA - C. MARCELO


CULTURA & ARTE

AUTORA CAMILA MARCELO


ladri di biciclette


A Unifor, todo mês, seleciona filmes para serem exibidos e debatidos. Esse projeto, Cineclube Unifor, é uma realização da Vice-Reitoria de Extensão, em parceria com a Distrivídeo e a TV Unifor. Quinta-feira passada, 03 de abril, foi a sessão nomeada de neo-realismo, representada pelo filme Ladrões de Bicicleta.

Ladri di biciclette, o real título desse longa-metragem, relata a história de Antonio Ricci, um homem de origem humilde que, após dois anos desempregado, consegue um emprego de colador de cartazes na cidade. Para garantir esse serviço, necessitava reaver sua bicicleta penhorada, então vende seus lençóis para pegá-la de volta.

Em seu primeiro dia de trabalho, estampa um sorriso em sua face, veste a farda e percorre a cidade colando os cartazes de atrizes americanas. A felicidade em ter arranjado uma ocupação que lhe proporcionasse um salário fixo mais benefícios durou pouco, pois, enquanto ajeitava um dos pôsteres na rua, a sua bicicleta foi roubada, destruindo o sonho de manter-se no emprego e melhorar a condição de vida da sua família.

O filme transcorre desse imprevisto, mostrando, ao longo das cenas, a Itália pós-guerra, completa de miséria e crise. Evidencia a questão de sobrevivência dos indivíduos, os quais, sem emprego, oportunidades ou esperanças, são obrigados a ir contra os valores morais e éticos da sociedade, cometendo pequenos furtos ou ganhando dinheiro enganando aqueles mais ingênuos. É o caso da "vidente" que cobra um valor alto para dizer palavras vazias, óbvias.

Embora haja a utilização de atores amadores, as expressões de angústia e gestos inquietos de Ricci (Lamberto Maggiorani) transmitiram a real sensação de estar em uma situação na qual deve-se escolher se segue as normas da sociedade e espera a ação da polícia quanto ao assalto ou usa-se a lei da selva de "cada um por si" e contraria os princípios de um bom cidadão em virtude da sobrevivência.

Ricci, sem esperanças e desesperado por não conseguir achar o ladrão de sua bicicleta, vê-se na necessidade de roubar uma para não perder o emprego que arduamente conseguiu. Ele não conseguiu furtar e não o prenderam por seu filho estar próximo. O filho entrega o chapéu ao pai e segura a sua mão, enquanto caminha na rua, dando-lhe força para este homem desapontado pelo seu mau exemplo para o filho, por não conseguir sua bicicleta de volta e por saber que no dia seguinte não poderia ir ao trabalho novamente.

E lembrando dessa comovente cena, recomendo esse magnífico filme de 1948 que marcou o cinema italiano quando produzido e ao longo desses 60 anos.


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NOTA DO EDITOR: A magnífica resenha que vocês leram aqui foi postada no blog da grande autora Camila Marcelo. Confiram-no a partir do texto supracitado.

CIDADE DO SILÊNCIO - R. MAIA


CULTURA & ARTE

AUTORA RENATA MAIA


bordertown
cinepop


Cidade do Silêncio é um filme produzido pelos Estados Unidos no ano de 2007 e os papéis principais são figurados por Jennifer Lopez, vivendo Lauren Adrian, uma ambiciosa jornalista americana, e Antonio Banderas, como Alfonso Diaz, um repórter mexicano ideológico.

Esse filme foi baseado em fatos verídicos de estupros seguidos de assassinatos, tendo como vítimas as operárias das fábricas da fronteira entre México e Estados Unidos. Com a lei do livre comércio, surgiram muitas fábricas onde são empregadas jovens moças que trabalham em regime muito severo e não ousam reclamar nem reivindicar melhorias salariais.

Lauren é enviada de Chicago para o México com finalidade de fazer um “furo de reportagem” e descobrir tudo o que os outros jornalistas não descobriram. Chegando ao local, a jornalista busca ajuda de seu amigo, Alfonso Diaz, que comanda o jornal Sol de Juarez e exerce sua profissão com ardor.

Lauren Adrian logo conhece Eva Jimenez, interpretada pela atriz Maya Zapata, uma operária de dezesseis anos que conseguiu sobreviver a um estupro e a uma tentativa de assassinato, onde o agressor foi o motorista do ônibus que transportava as operárias da fábrica.

A jornalista americana, com a ajuda de Alfonso, arquitetou um plano para prender o motorista. Infiltrou-se na fábrica onde Eva trabalhava e pegou o mesmo ônibus que a garota pegou no dia do estupro. Restando apenas Lauren como passageira, o motorista tentou assediá-la e foi preso pela polícia que já esperava no local.

Lauren faz uma excelente matéria, que, por desvio dos princípios éticos do jornalismo, estão erroneamente sendo subordinados a interesses políticos e privados, não pode ser divulgada. O chefe da jornalista tenta suborná-la oferecendo-lhe um cargo como correspondente internacional, que ela nega.

Inúmeras mulheres foram estupradas e mortas no México. O número divulgado foi de pouco mais de trezentas vítimas, mas informações extra-oficiais pontuam que mais de cinco mil foram assassinadas. As autoridades mexicanas ignoravam a gravidade dos fatos e foram negligentes, visto que banalizaram a vida humana. A princípio, o único objetivo de Lauren era fazer uma boa matéria e ter o reconhecimento de seu chefe. Com o tempo, ela percebeu que, como jornalista, seu principal objetivo deveria ser levar a verdade dos fatos e dar voz aos menos favorecidos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

CONTRA O "LIXO MUSICAL" - T. SOUSA


CULTURA & ARTE

AUTORA THAYANE SOUSA


lixo musical
getty images


Diariamente, nos deparamos com músicas que não possuem uma proposta cultural muito moralista. Essas músicas vêm pela mídia em forma de bombardeio aos nossos ouvidos e tomam não só o espaço geral como também as nossas moradias. “O mundo está acabado, irmãos”. Essa nobre fala de um importante músico brasileiro mostra como pessoas que possuem um conhecimento cultural mais amplo repudiam tal forma de expressão musical imposta pela mídia. Mas o problema está com a música? Não. A causa principal para o problema do consumo em massa desse tipo de música é o fato da mídia expor esse conteúdo a todas as camadas sociais, fazendo com que pessoas de “pouca informação” acabem aderindo aos gostos impostos pelas novelas e programas da TV aberta.

A prova dessa afirmação é que pessoas que têm mais acesso à cultura possuem uma facilidade de identificar fatores musicais que levam a dizer que a música é boa ou ruim. Tais fatores são: complexidade de sua melodia, arranjo e formação do conjunto musical e, por último, mas não menos importante, a letra. Esta última pode variar muito, pois cada pessoa tem sua forma de achar beleza em alguma frase ou citação.

Para concluir um raciocínio sobre a droga musical a que estamos submetidos, dou-lhes apenas um conselho: não se deixe influenciar pela mídia e sua cultura de massa.

SEMINÁRIO - G. MACEDO


AUTOR GABRIEL MACEDO

Como vão as suas pesquisas para o seminário?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

CORAGEM - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


coragem
g. macedo


Pela busca do compromisso com o social.

domingo, 6 de abril de 2008

CEM ANOS DA ABI - V. FREITAS


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA VIVIANE FREITAS


100 anos da abi

fenaj


Jornalistas - pelo direito à dignidade humana

Hoje, 7 de Abril, Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará e a Federação Nacional dos Jornalistas abraçam todos os colegas que exercem a profissão com ética e dignidade. Este ano, o dia é de dupla comemoração em virtude do centenário da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), fundada pelo catarinense Gustavo de Lacerda, em 7 de abril de 1908. A data marca a luta histórica dos jornalistas brasileiros pela liberdade de expressão, pela valorização e pelo reconhecimento de uma profissão que, como diria o eterno presidente da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, tem como principal compromisso levar à população a conscientização política e social.

Salários dignos, condições de trabalho, qualificação permanente, respeito profissional e, sobretudo, regras claras que balizem a relação da imprensa com a sociedade são imprescindíveis à responsabilidade social do jornalista. Por isso, a Fenaj e os 31 Sindicatos de Jornalistas do Brasil defendem de forma veemente a aprovação de uma nova Lei de Imprensa, a realização da Conferência Nacional de Comunicação, a criação do Conselho Federal dos Jornalistas e a obrigatoriedade do diploma de curso superior de Jornalismo como requisito fundamental para o exercício ético da profissão.

No Ceará, 2008 promete ser um marco na luta da categoria. Em assembléia histórica, os jornalistas aprovaram a contraproposta do Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão para celebrar uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) destinada especificamente aos profissionais de mídia eletrônica. Há seis anos, os jornalistas são regidos ilegalmente pela CCT dos radialistas por imposição das empresas que obrigaram seus empregados a obter registro profissional de radialista em retaliação à ação incisiva do Sindjorce no combate ao exercício ilegal da profissão nestas emissoras.

Apesar da vitória, a CCT específica para jornalistas de rádios e televisões permanece no campo das promessas, uma vez que o sindicato patronal ainda não assinou o documento. No setor de jornais e revistas, a situação não é diferente. Em campanha salarial há sete meses, grande parte dos profissionais de impresso ainda não recebeu reajuste salarial retroativo à data-base de setembro de 2007.

A dura realidade dos profissionais de imprensa do Ceará, contudo, não tira da categoria o espírito de celebração neste 7 de abril, porque ser jornalista é não aceitar a injustiça e a opressão. É denunciar o arbítrio e o desrespeito aos direitos dos trabalhadores. É se opor à censura velada ainda existente nas redações, e combater diariamente a autocensura, o pior tipo de mordaça que engessa os jornalistas e cala a voz daqueles que têm por dever de ofício levar a verdade à sociedade.


Celebramos hoje porque acreditamos que ser jornalista é ser ético, é crer num mundo melhor, mais humano e menos desigual. É ter peito para colocar o dedo nas feridas dos poderosos e coragem para tomar partido pelos mais fracos. É acordar toda manhã com o compromisso de fazer a melhor reportagem do dia e, à noite, colocar a cabeça no travesseiro e poder dormir de consciência tranqüila, com a nítida sensação de ter combatido o bom combate e de ter feito a sua parte pelo engrandecimento da profissão e pelo respeito à dignidade humana.

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FONTES> Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ &
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará
- SINDJORCE

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Então, meus caros, o que acharam? É possível crer que, desse artigo, podemos extrair assuntos para um série de discussões, desde a obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício da profissão até uma reflexão a respeito da profissão Jornalismo, esta que tanto almejamos. Não podemos deixar de lembrar que a nossa turma ingressou na faculdade num ano de muitas comemorações importantes, como o centenário da Associação Brasileira de Imprensa e o bicentenário da imprensa no Brasil. Coincidência ou não, convoco todos aqui, mentes pensantes da turma 2008.1 do curso de Jornalismo da UNIFOR, a discutir, seja no blog, seja em seu próprio silêncio, não só sobre a importância dessas datas, mas também sobre os futuros profissionais que queremos ser.

Enfim, publiquei na véspera do dia 7 para que possamos aproveitar o domingo e começar a reflexão, caso você ainda não a tenha feito. Que esta possa prosseguir e não termine quando nós recebermos o canudo de concludentes, e sim prossiga diariamente, no exercício da profissão.

sábado, 5 de abril de 2008

DE TEMPO FECHADO? - A. LINHARES


LITERATURA

AUTORA ALANA LINHARES


O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio
Paulinho Moska

DEMOCRACIA, CAPITALISMO E COMUNISMO - M. BRUNO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR MAÍLSON BRUNO


Diferentemente do que ocorre na autocracia, no absolutismo e em outros regimes autoritários, a democracia é caracterizada pela participação popular na política. Tal regime político se divide em dois tipos: a democracia direta e a democracia indireta ou representativa. A democracia direta refere-se ao sistema no qual os cidadãos participam diretamente da política, como ocorria, por exemplo, na Grécia Antiga, em seu período clássico. Já na democracia indireta ou representativa, quem toma as decisões políticas são aqueles que foram eleitos pelo povo, como ocorre, por exemplo, na maioria dos países ocidentais.

A Inglaterra é um país tido como símbolo da liberdade. A Constituição inglesa, não codificada, defende a tripartição de poderes. O Palácio de Westminster é o local onde ficam a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns, instituições políticas que limitam o poder do primeiro-ministro inglês, cargo ocupado atualmente por Gordon Brown, líder do Partido Trabalhista (Labour Party).

Os defensores do comunismo argumentam que democracias não são realmente democráticas, pois quando as classes dominantes têm o controle da máquina, elas manipulam o povo. Os comunistas afirmam que a democracia real somente é possível através do comunismo, porém, essa afirmação não condiz com a realidade, pois aqueles líderes políticos que se diziam defensores da igualdade social não passaram de déspotas que tinham o controle do Estado e, devido a isso, agiam em benefício próprio, citando, como exemplo, o ex-ditador cubano Fidel Castro, cuja fortuna pessoal se estima em pelo menos 110 milhões de dólares, mais inúmeras propriedades e negócios ao redor do mundo de incalculável valor. Os bens do cubano equivalem a 10% do PIB de Cuba, segundo a Forbes. É importante termos a consciência de que a democracia é o regime político que valida a participação do povo na política, e, independentemente do espetro político que apoiamos, aqueles que têm o controle sobre a máquina a usarão para propagandear suas idéias, concordar ou não com elas, fica a critério de cada um.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

AMY, NÃO MORRA - E. QUINDERÉ


CULTURA & ARTE

AUTORA ELAINE QUINDERÉ


amy winehouse 2


Em uma área suburbana de Enfield (Londres), numa família judaica de componentes musicais ligados ao jazz, nasce Amy Winehouse.

A autora do hit “Rehab”, cresceu no subúrbio de Sothgate e formou sua primeira banda aos dez anos, a Sweet’n’ sour, as sour. Amy ganhou sua primeira guitarra elétrica aos treze anos de idade e, aos dezesseis, já cantava profissionalmente.

Seu álbum de estréia foi “Frank”, para depois lançar “Back to black”. A artista e seu álbum “Back to black” foram indicados a seis Grammys em 2008 – levando cinco desses - dentre eles, Revelação do Ano e Álbum do Ano. Em Fevereiro de 2007, ela também ganhou um Brit Award por Melhor Artista Feminina Britânica.
Do final de 2007 e início de 2008, a cantora já se envolveu em vários escândalos. Dentre eles, um vídeo seu usando crack foi lançado na Internet. Amy não nega que é usuária de outras drogas, já tentou várias vezes clínicas de reabilitação (é disso que fala sua música Rehab) e, além disso, sua própria mãe acha que ela não sobreviverá por muito tempo.

Apesar de tudo, a cantora segue firme e forte com a sua mistura de Jack Daniel's com Coca Light. Continua fazendo música, já que compõe todas as suas canções, e fazendo sucesso pelo mundo todo. Recentemente, ela fez um show em Londres, e tal espetáculo virou DVD.

Então, fica a dica: “I told you I was trouble” – Amy Winehouse (Live in London).


amy winehouse
cifraclub