sábado, 8 de março de 2008

LULA NO RIO - G. MACEDO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


O presidente da República, Luiz Inácio "Lula" da Silva, esteve ontem no Rio de Janeiro para o lançamento de uma série de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O programa visa beneficiar as comunidades do complexo do Alemão, na zona norte, e a Rocinha, na zona sul. Uma das principais obras que será inaugurada é a construção de um teleférico no complexo do Alemão. O presidente Lula e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na ocasião da visita ao dito cujo complexo, firmaram uma promessa de voltar à favela dali a dois anos para experimentar o funcionamento do teleférico e de outras obras.

Além disso, o Presidente fez uma crítica à violência policial nas favelas como um todo. Ele revelou que está "cansado de ver o Rio de Janeiro aparecer na primeira página dos jornais e da TV todo dia, como se [o Rio] simbolizasse violência, bala perdida, bandido e criminalidade". Lula também afirmou que 99% do povo carioca é honesto, decente, trabalhador e que vive em busca de uma vida digna.

Durante a cerimônia, nenhuma ocorrência foi registrada pela polícia. Uma estrada que, segundo a Polícia Militar, possui 1 km de extensão e que dá acesso ao complexo do Alemão, ficou totalmente interditada para a passagem de veículos. Homens da Força Nacional de Segurança, PM e do Exército fizeram a segurança do local.

Alguns moradores do lugar foram entrevistados pelos veículos de comunicação e mostraram-se bastante otimistas e empolgados com o projeto lançado pelo presidente Lula.


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Hoje, o Presidente eximiu os policiais de culpa pela violência no país. Durante a cerimônia de assinatura do cartão do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), no Palácio Guanabra, Rio de Janeiro, Lula afirmou que a maior responsabilidade pela situação atual do país cabe aos governantes, que se ausentaram de parte da sociedade nos últimos 30 anos.

Na sua visão, desde a década de 80, a economia vinha caindo sem parar, o que foi decisivo para que a violência tenha se acentuado e para a má formação dos policiais. Lula negou que as medidas do PAC sejam eleitoreiras. Para ele, as pessoas "estão tão desacostumadas, que acham absurdo o governo acertar". Ele finalizou o discurso com a seguinte fala: "Não sou candidato a prefeito; a eleição para presidente é só em 2010, e não sou candidato."


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Então? Quando eu li as matérias a respeito da visita do presidente Lula ao Rio, no site da Folha, duas perguntas fixaram-se na minha mente:

1. É alguma novidade dizer que "a maior responsabilidade pela situação atual do país cabe aos governantes"?

2. O que o Presidente quis dizer com "as pessoas estão tão desacostumadas, que acham absurdo o governo acertar", quando disse que as medidas do Programa não eram eleitoreiras? Quero dizer, ele está no poder, certo? Ele ainda é o Presidente da República, não é? Será que fazer o que está fazendo não é o seu dever?

ELA - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


ela
g. macedo


Em memória a todas as cento e vinte e nove operárias da fábrica Cotton, de Nova Iorque, e em homenagem às mulheres que ainda hoje estão aí no mundo, fabricando produtos e ideais de vida.