terça-feira, 13 de maio de 2008

A JUSTIÇA FOI FEITA? - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


A prisão preventiva do casal considerado responsável pela morte de Isabella, Alexandre Nardoni, o pai de 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, a madrasta de 24, mantém-se após a negação do Tribunal de Justiça de São Paulo do habeas corpus em favor do casal.

Alexandre Nardoni está preso no 13º Distrito Policial, na Casa Verde, enquanto que Anna Jatobá foi transferida de uma penitenciária feminina da zona norte de São Paulo para a penitenciária de Tremembé, a aproximadamente 150 km da capital. A madrasta de Isabella foi levada para a mesma unidade onde Suzane von Richthofen cumpre pena porque houve um protesto entre as detentas de São Paulo. As mulheres escreveram no chão de uma das quadras do local palavras comovidas, como "Assassina Maldita" e "Homenagem a Isabella, Presente do Dia das Mães". Mais tarde, a primeira mensagem foi substituída por: "Estamos na Paz pela Vida".

Alexandre Nardoni também tem sido hostilizado. O casal, atualmente, mantém-se isolado, mas o pai de Isabella já conviveu com outros detentos. Não deu certo.

O desembargador Caio Canguçu de Almeida foi o responsável pela decisão de manter a prisão. O mérito do pedido deve ser ainda analisado por mais dois desembargadores do Tribunal, na Câmara de Julgamento e, segundo a assessoria do TJ, pode já entrar na pauta próxima semana. A defesa já informou que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) caso a decisão seja a mesma.

O argumento para manter Alexandre Nardoni e Anna Jatobá na prisão é de que o casal foi acusado pelos laudos da Polícia e também pelo promotor público pelo assassinato e por ter alterado a cena do crime. Essa última causa foi considerada grave e também fundamental para a prisão. A defesa de Nardoni e Jatobá entrou com o pedido de habeas corpus dois dias depois da prisão da quarta-feira (7), alegando que o juiz Maurício Fossen tomou uma decisão "emocional".


alexandre & anna


"(...) se tratam de pessoas
desprovidas de sensibilidade moral
e sem um mínimo de compaixão humana."

- trecho do documento escrito pelo
juiz Maurício Fossen, "emocionado"

Ficam, então, as perguntas:
Acabou? A justiça foi feita?