segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estou aqui, por incrível que possa parecer.


GABRIEL MACEDO

quinta-feira, 12 de junho de 2008

ANNAS E MIAS - E. QUINDERÉ


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTORA ELAINE QUINDERÉ


stop eating


A bulimia e a anorexia são disfunções alimentares mais presentes na população jovem, atingindo cerca de 2 a 4% dessa população. É difícil mapear o real número de pessoas que sofrem com tais doenças, pois estas estão cercadas de preconceitos e os próprios portadores desse distúrbio não confessam que têm o problema.

A anorexia é caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar, influindo diretamente na massa corporal da pessoa, e estresse físico. O distúrbio pode estar ligado a problemas de auto-imagem, dismorfia, dificuldade em ser aceito ou em lidar com a própria sexualidade. A taxa de mortalidade causada pela anorexia é de, aproximadamente, 10% e é considerada uma das maiores quando comparada a qualquer outro transtorno psicológico.

A bulimia atinge cerca de 90% das mulheres, e a pessoa portadora da doença é caracterizada por apresentar períodos em que se alimenta em excesso e é seguida pelo sentimento de culpa, fazendo com que a pessoa vomite tudo que comeu. Quando um bulímico está acima do peso, ele compensa isso com: exercício desmedido, vômitos, uso de laxantes e diuréticos.

Ambas as doenças têm causas que ainda não são bem conhecidas, havendo múltiplos fatores que contribuam para a sua ocorrência, como genéticos, sócioculturais ou psicológicos. Um outro fator que influencia as doenças seria a mídia, a apologia à magreza, o biotipo estabelecido pela sociedade de que as pessoas devem ser magras para serem aceitas.

O que me motivou a escrever um texto sobre essas doenças foi a grande quantidade de perfis e comunidades no site de relacionamentos “Orkut” fazendo apologia a esses distúrbios. O que muitos perfis e comunidades pregam é que ser magro é sinônimo de felicidade, não obstante as conseqüências que isso pode trazer. Alguns donos desses perfis fizeram mandamentos para bulímicos e anoréxicos; tais “mandamentos” traziam frases como: ser magra é mais importante do que ser saudável, você não deve comer comida gordurosa sem se punir depois disso, se você não é magro você não é atraente, perder peso é sempre bom, ser magro nunca é demais, dentre outras.

As conseqüências de tais distúrbios não se limitam apenas ao aspecto físico, mas também a efeitos do tipo: desmaios, fraqueza muscular, diminuição da temperatura corporal e pressão, danos severos aos dentes, rompimento gastro-esofágico e arritmia cardíaca, que em muitos casos pode levar a morte.


stop eating 2


Isso é o reflexo de uma mídia manipuladora e que padroniza o pensamento e estilo de vida de um indivíduo na sociedade. O endeusamento de celebridades e a busca incessante pelo sucesso e beleza, através da magreza exacerbada, causa efeitos piores do que se imagina.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

EXPECTATIVAS DE UM PRÉ-JORNALISTA - M. PEDROZA


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA MARÍLIA PEDROZA


ENTREVISTA COM GABRIEL MACEDO
POR MARÍLIA PEDROZA


MARÍLIA PEDROZA Há quanto tempo você estuda na UNIFOR?

GABRIEL MACEDO A minha primeira aula da UNIFOR foi ao dia 7 de fevereiro, portanto, estou cursando Jornalismo na Universidade há exatos três meses. Isso significa que estou em etapa de conclusão do primeiro semestre do ano.


MP E por que você escolheu o Jornalismo? Você sempre quis esse curso?

GM Eu nunca tive, em mãos, muitas alternativas. Desde muito cedo, ainda no Ensino Fundamental II, decidi-me pelo curso de Comunicação Social. O Jornalismo foi a minha meta por bastante tempo e sem interrupção. Naquela época, aos 14 anos, eu me sentia atraído por alguns dos ramos que a "raiz jornalística" apresenta. Eu queria escrever, produzir notícias e artigos, queria viajar e fazer grandes furos pelo mundo afora, queria criar arte, fotografando o universo ao meu redor, queria ajudar a comunidade que desde o começo dos tempos existe - a comunidade leitora. Dentre outras coisas, basicamente tudo o que um jornalista fazia despertava o meu interesse profissional. Hoje não é muito diferente. No entanto, eu posso enxergar agora um Jornalismo mais humano e menos idealizado, menos romântico até. Na Universidade, eu posso ver que não deixa de ser aquilo que tinha sonhado, mas a realidade é muito mais complexa e atraente do que imaginava.


MP Você está gostando das aulas?

GM Diariamente, eu me dirijo à sala de aula com uma nova expectativa. É muito gostosa a sensação do novo. E eu falo sobre "o novo" porque nenhuma aula que tive até agora se repetiu ou, de certa forma, foi mais importante do que a outra - constantemente, nós, os alunos, recebemos uma pilha de informações e levamos para casa um mote de reflexões a fazer enquanto estamos ociosos. Sim, eu gosto de cada aula, cada uma a sua maneira e ao seu nível.


MP Então, já que o Jornalismo é tão significativo em sua vida, o que, para você, é o exercício do Jornalismo e o que isso tem a ver com a cidadania e o conceito de cidadão?

GM O exercício jornalístico significa, para mim, um compromisso e, acima de qualquer outra coisa, o reconhecimento de que nenhum profissional, de área alguma, é o dono da verdade. A verdade, inclusive - eu tenho aprendido em sala de aula -, não existe sem relatividade. Acredito que, em Jornalismo especialmente, não existe Verdade, não há absoluto.


MP O que há, então?

GM Existem verdades, e cabe a cada um daqueles que serão os profissionais da Comunicação, absorver a realidade de uma determinada parcela da população, digerir outra de mais uma parcela e deglutir a realidade própria. Eu creio que o jornalista contemporâneo deve, antes, tornar-se cidadão do mundo. Quando ele assim agir, haverá um Jornalismo plenamente ético e sem absolutas verdades, mas pontos de vista. Pontos de vista que, juntos e em sociedade, constroem uma cultura diferente daquelas que vivemos nos tempos atuais. Eu anseio pela cultura do esclarecimento, extinta já há algum tempo.


MP E com toda essa visão de futuro jornalista formada, você já se imagina em alguma função específica ou já tem alguma preferência?

GM Eu não tenho uma preferência. Sinceramente, pretendo viajar pelo campo profissional como um todo. Ainda hoje quero escrever, pois acredito no verdadeiro poder que as palavras podem exercer nas mentes leitoras. Quero também conhecer diferentes "jornalismos", diferentes esferas, trabalhando em ações sociais e voluntárias. Quero, por lazer, fotografar as paisagens que eu julgar belas. Quero também estar diante de uma câmera de TV ou de um microfone do rádio. A cada diferente experiência, quero transitar atentamente pela profissão que escolhi para ocupar o meu tempo e me realizar profissionalmente. Eu ainda tenho muito o que conhecer - não sei se, daqui a alguns semestres mais, minha opinião será a mesma, mas estou certo de que é o Jornalismo. O Jornalismo que nasceu e ganhou maturidade na minha cabeça desde os tempos do colégio, o Jornalismo meu.


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NOTA DO EDITOR: A entrevista que você leu foi feita pela aluna Marília, com o seu colega, Gabriel, visando à publicação no jornal experimental que a professora Aíla Sampaio, de Língua Portuguesa I, pediu para que seus alunos fizessem. Ela foi adaptada e também publicada no jornal que a entrevistadora construiu para a disciplina de Introdução à Computação Gráfica.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

SERÁ ISSO VERDADE? - L. PINHEIRO


CULTURA & ARTE

AUTOR LUCAS PINHEIRO


Já há algum tempo, documentários voltaram a fazer parte da cena de grandes filmes nos cinemas do Brasil e do mundo, mas algo de diferente tem acontecido nos últimos anos. Com a popularização do acesso à Internet, os documentários online têm atingido muito mais espectadores do que nas salas de cinema.

Grande exemplo é o documentário Zeitgeist, o Filme. Esse documentário independente é simplesmente fabuloso, inteligente e muito bem fundamentado. A primeira parte do filme é intrigante; baseia-se em História e Astronomia, na tentativa de mostrar que o nosso Jesus Cristo teria sido uma invenção da mídia romana para acalentar as massas. Daí o nome do filme ser Zeitgeist, que é uma expressão alemã que significa "espírito da época". Essa parte do filme tira você do sério, falando que, por exemplo, desde 10.000 a.C., entidades solares têm sido veneradas em diferentes culturas.

Exemplo maior é o do deus egípcio Hórus, de 3.000 a.C., que é um "Messias do Sol", que luta com Set, deus da lua. Hórus nasceu em 25 de dezembro (mero acaso? Acho que não!) e é filho da virgem Isis. Quando nasceu, três reis seguiram, como é dito no filme, "as pegadas de sua aurora". Como Jesus, começou a pregar aos 12 anos e foi apresentado aos deuses (batizado) aos 30. Tifão (assim como Judas) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou depois de 3 dias!

Casos de Messias como Jesus se repetiram na Frigia, com Attis, filho da virgem Nana, na Índia, com Krishna, em 900 a.C., filho da virgem Devaki, e com Dionísio, na Grécia, em 500 a.C. O igual também ocorreu com Mittra, na Pérsia, em 1.200 a.C. Esses salvadores ficaram conhecidos na história como avatares. Isso eleva um questionamento a todo o mundo ocidental cristão, de que será que, durante todos estes séculos, vivemos mais um fenômeno de réplica de crenças, no qual acreditamos no que nos foi imposto acreditar e, como a fórmula já funcionou antes em todos estes povos, também funcionaria para nós?

Já a segunda parte do filme deixa um pouco a desejar. Tenta incessantemente nos convencer de que os Estados Unidos sabiam dos ataques terroristas de 11 de setembro, trazendo depoimentos bastante convincentes de que a defesa aérea dos EUA teria sido enganada oficialmente no dia dos ataques para que não pudesse combater com eficácia os terroristas. A terceira parte fala da economia americana e os problemas que ela ira enfrentar com o Federal Reserve (Fed), órgão do governo responsável pela distribuição e controle do capital americano.


zeitgeist


Por mais que você possa ver em Zeitgeist uma teoria conspiratória a mais, terá que tirar o chapéu para a obra, porque esta é, no mínimo, brilhante!

Quer ver um trecho?


A JUVENTUDE E O PERIGO - L. PINHEIRO


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTOR LUCAS PINHEIRO


Os jovens sempre tendem a fazer todo tipo de coisa perigosa que se possa imaginar; uns dizem que é uma fase da vida, a rebeldia e o prazer de fazer tudo para desobedecer aos pais, mas à luz da ciência, tudo se explica. De acordo com pesquisas recentes, foi mostrado que o cérebro apresenta diferentes estágios de desenvolvimento, desde quando se é criança até a fase adulta. O desenvolvimento em etapas do cérebro começa pelas áreas posteriores e termina nas anteriores (de trás para frente). As regiões responsáveis pelo planejamento, raciocínio e controle de impulsos são as últimas a amadurecer. Assim, os adolescentes demonstram uma tendência bem maior à impulsividade e à prática de atos de risco, sejam relacionadas ao uso de drogas ou simplesmente à prática de esportes em favor de um prazer momentâneo por meio da adrenalina adquirida com a "aventura".


UMA VERDADE INCOVENIENTE

+ O adolescente tem 5 vezes mais chance de morrer em acidentes de carros do que adultos;
+ 22% dos estudantes do Brasil já fizeram uso de pelo menos um tipo de droga psicotrópica alguma vez na vida;
+ Os casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), no Brasil, são mais comuns em jovens de 10 a 22 anos pelo não-uso do preservativo.

O QUE É SER JORNALISTA? - C. SALES


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA SALES


Refletir sobre a iniciação à prática profissional impõe que se comece pelas expectativas. É ao confrontá-las com a realidade que nascem as frustações, estupefações e os deslumbramentos. O jornalista observa, através de suas lentes culturais e sociais, a idéia que um jornalista faz do exercício da profissão, o modo como a analisa. Os caminhos que entende que ela deve seguir constituem também olhares fortemente influenciados pelo local de trabalho.

Um órgão de comunicação poder ter seus códigos próprios, uma cultura jornalística específica interiorizada por toda a redação, mas a forma como cada jornalista se vê no interior dessa cadeia varia de acordo com "o terreno que pisa".

A rotina das convenções podem dominar a produção diária de um jornal, porém escrever não deixa de ser um ato de cultura e imaginação. Fazer notícias e reportagens pode ser entendido como contar "estórias", próximas das formas narrativas e discursivas de ficção. A notícia exige imaginação e riqueza linguística, além da exigência também de um forte domínio das convenções narrativas. Mas, verdadeiramente, não é bem assim; as notícias têm o mundo real como referência; narram, discursam histórias da própria sociedade.

Um jornalista, na prática, é meramente reduzido a uma porção de papéis e informações, aptos a serem reorganizados por ele, sentado em frente a um computador. As páginas de um jornal são um espaço exíguo onde cada notícia tem de disputar um lugar que ganhará por mérito próprio ou por demérito de outras.

Como qualquer profissão, Jornalismo também enfrenta lutas por melhores condições de trabalho. O jornalista é bem mais efetivamente valorizado no Sudeste, onde os salários apresentam uma efetiva diferença dos profissionais das outras regiões.

O Jornalismo é uma profissão que tem por natureza o intuito de reivindicar os direitos dos cidadãos, é uma atividade social, porém não defende seus próprios direitos. Não é à toa que é considerada uma subprofissão.

O piso salarial na capital paulista é de R$ 964 (jornada de cinco horas) e R$ 1.542,40 (jornada de sete horas). No Rio de Janeiro, a média salarial é de R$ 813,65 (jornada de cinco horas) e R$ 1.302,29 (jornada de sete horas). Esse é o salário do redator na Capital. Imagine, então, outras mídias, principalmente o rádio, primo pobre da profissão. Para mesclar a baixa remuneração, existem alguns benefícios escritos nas cláusulas dos sindicatos: transporte gratuito (para exercer a função), vale-refeição ou cesta básica (esta com desconto de 20% do empregado), auxílio-creche de R$ 135 por filho de até seis anos de idade, auxílio-viagem (se for a trabalho) e seguro de vida no valor mínimo de R$ 15 mil.

O Estado do Piauí tem a fama dos menores salários do setor. E não é apenas fama. A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, Teresinha de Souza Val, disse que o piso da região é de R$ 730. Ela ainda ressaltou que a média salarial do jornalista no Brasil é de dois mil reais e apenas 10% ganham mais que cinco pisos salariais. E é por essas e outras que se diz que o jornalista tem que amar a profissão.

A culpa é dos próprios profissionais da área. Se os jornalistas tivessem mobilização e não ficassem com medo de perder o emprego, hoje já estariam com uma faixa salarial bem melhor. Para sobreviver, o jornalista acaba caindo no duplo, e até no triplo emprego. Mas isso não se restringe apenas ao Brasil; diversos países de primeiro mundo enfrentam os mesmos problemas na área de Jornalismo. Um jornalista francês, por exemplo, ganha 18.700 francos mensais (cerca de 2.600 dólares).

É preciso haver uma distribuição coerente e justa entre as diversas mídias e as regiões do país. Não é justo um radialista do Piauí ganhar um salário mínimo ao mesmo tempo em que uma pequena parcela ganha mais de cem mil reais. Mesmo que sejam proibidos de escancarar a difícil situação que os aflige, os jornalistas devem reivindicar seus direitos. Ele é um cidadão e merece viver como tal.

Todos esses dados apresentados não servem e nem devem servir para desestimular os futuros profissionais, mas como uma espécie de alerta para os problemas em que serão inseridos, e depertar em todos uma enorme vontade de revolucionar, de transformar essa realidade. Que o amor pela atuação do jornalismo seja demonstrado pela satisfação e força de luta para a prática do bom exercício da profissão.


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FONTE> Sindicato dos Jornalistas do Ceará

segunda-feira, 19 de maio de 2008

UMA PSICÓLOGA QUE ESCREVEU ALGUMAS VERDADES - M. PEDROZA


CULTURA & ARTE

AUTORA MARÍLIA PEDROZA


Uma psicóloga que assistiu ao filme Cazuza - O Tempo não Pára escreveu o seguinte texto:

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Fui ver o filme Cazuza - O Tempo não Pára há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora: as pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos (ao menos eu) construir com conceitos de certo e errado.

No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai e que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos... A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras... O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida "correr solta". São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro. Ela admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra. Um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro, não.

Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz e, principalmente, com o fato de minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes, que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos. Só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem "não" quando necessário? Lembrem-se: dizer "não" é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigos de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e que foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz "sim" sempre.

Karla Christine
Psicóloga Clínica

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Isso é para percebermos por que a mídia recebe o carinhoso apelido de "quarto poder". De fato, foi dada tanta atenção para uma pessoa que fez coisas tão erradas e que não devem ser tomadas como exemplos. Outro aspecto importante para se considerar é: o que nós, como futuros "atores" da mídia, vamos levar o que para os ouvintes, leitores e telespectadores? Será que estamos nos preparando adequadamente para a responsabilidade que teremos? Nós influenciaremos a opinião pública, nós ajudaremos a construí-la. Pensem nisso.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

CLÁSSICO MARCADO PELA INTOLERÂNCIA DECIDIRÁ O TITULO DA COPA UEFA - R. BARROS


ESPORTE

AUTOR ROBERTO BARROS


torcedor do zenit
globoesporte.com


Em Manchester, Zenit, clube de torcedores racistas, enfrentará o Rangers, que mudou a política de contratações em 89 e passou a aceitar católicos.

Zenit-RUS e Rangers-ESC decidem a Copa da Uefa nesta quarta-feira, em Manchester. Em campo, estará também a questão da intolerância, tanto racial quanto religiosa. A partida no estádio City of Manchester começa às 15:45, com acompanhamento em tempo real no GloboEsporte.com.

O time russo tem uma torcida declaradamente racista, e seu técnico, o holandês Dick Advocaat, já admitiu que não pode contratar jogadores negros. Por sua vez, há quase 20 anos, a equipe escocesa deu um passo à frente contra o preconceito: o Rangers, clube de origem protestante, optou por mudar a sua política de contratações ao abrir as portas para os católicos.

A torcida do Zenit é uma das mais radicais do mundo. Nos jogos do seu time, ela costuma ofender negros com faixas e cânticos racistas. Sua postura quase fez com que o clube fosse eliminado da competição pela Uefa. Nem mesmo os apelos da opinião pública mudaram a cabeça de dirigentes e torcedores. O Zenit não contrata negros, como deixou claro Advocaat em uma entrevista recente.

"Não quero negros no meu time porque meus torcedores não querem."

O Rangers, clube com mais de 130 anos de fundação, também passou décadas entregue ao preconceito. Só abria as portas do Ibrox Stadium para jogadores de origem protestante, já que o Celtic, seu maior rival, era admirado pelos católicos. A política só caiu em 1989, quando o técnico Graeme Souness convenceu os dirigentes a contratar Mo Johnston, atacante que havia brilhado com a camisa do Celtic alguns anos antes. Foi a primeira negociação católica desde a Primeira Guerra Mundial (entre 1914 e 1918). O Rangers aceitava os anseios dos tempos modernos e esquecia os ranços do passado, algo que o Zenit insiste em manter até hoje.

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FONTE> globoesporte.com

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Essa foto foi de um torcedor do time do Zenit em um jogo na Rússia contra Olympique de Marselha. O jogo citado acabou pouco tempo atrás e o Zenit ganhou de 2x0; foi campeão da Uefa, mas a torcida e o clube têm que mudar essa atitude completamente racista de não contratar jogadores negros. Sobre esse protesto, a Fifa não puniu o clube.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A JUSTIÇA FOI FEITA? - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


A prisão preventiva do casal considerado responsável pela morte de Isabella, Alexandre Nardoni, o pai de 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, a madrasta de 24, mantém-se após a negação do Tribunal de Justiça de São Paulo do habeas corpus em favor do casal.

Alexandre Nardoni está preso no 13º Distrito Policial, na Casa Verde, enquanto que Anna Jatobá foi transferida de uma penitenciária feminina da zona norte de São Paulo para a penitenciária de Tremembé, a aproximadamente 150 km da capital. A madrasta de Isabella foi levada para a mesma unidade onde Suzane von Richthofen cumpre pena porque houve um protesto entre as detentas de São Paulo. As mulheres escreveram no chão de uma das quadras do local palavras comovidas, como "Assassina Maldita" e "Homenagem a Isabella, Presente do Dia das Mães". Mais tarde, a primeira mensagem foi substituída por: "Estamos na Paz pela Vida".

Alexandre Nardoni também tem sido hostilizado. O casal, atualmente, mantém-se isolado, mas o pai de Isabella já conviveu com outros detentos. Não deu certo.

O desembargador Caio Canguçu de Almeida foi o responsável pela decisão de manter a prisão. O mérito do pedido deve ser ainda analisado por mais dois desembargadores do Tribunal, na Câmara de Julgamento e, segundo a assessoria do TJ, pode já entrar na pauta próxima semana. A defesa já informou que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) caso a decisão seja a mesma.

O argumento para manter Alexandre Nardoni e Anna Jatobá na prisão é de que o casal foi acusado pelos laudos da Polícia e também pelo promotor público pelo assassinato e por ter alterado a cena do crime. Essa última causa foi considerada grave e também fundamental para a prisão. A defesa de Nardoni e Jatobá entrou com o pedido de habeas corpus dois dias depois da prisão da quarta-feira (7), alegando que o juiz Maurício Fossen tomou uma decisão "emocional".


alexandre & anna


"(...) se tratam de pessoas
desprovidas de sensibilidade moral
e sem um mínimo de compaixão humana."

- trecho do documento escrito pelo
juiz Maurício Fossen, "emocionado"

Ficam, então, as perguntas:
Acabou? A justiça foi feita?

domingo, 11 de maio de 2008

CONVIDO A TODOS A ESSE GRANDE SHOW - R. BARROS


CULTURA & ARTE

AUTOR ROBERTO BARROS




Nazareth é uma banda escocesa de rock do final dos anos 60 (aproximadamente 1968). Neste ano, completou 40 anos de estrada e está saindo em turnê pelo mundo, para divulgar seu novo CD, The Newz, e comemorar junto a seus fãs essa data marcante para a banda - já que não é qualquer banda que se mantém, por muitos anos, fazendo sucesso pelo mundo. O novo álbum do grupo vem fazendo um relativo sucesso pela Europa e está em várias paradas nas rádios européias.

Às vezes, com seu rock bem ao estilo dos anos 70, mas sobretudo com suas baladas que, nos anos 70 e 80, embalaram muitos romances, o Nazareth fez parte da vida de muita gente durante este tempo todo. A trajetória de talento e persistência destes veteranos merece ser ressaltada.

Quando se fala em Nazareth, a primeira música citada é sempre "Love Hurts", afinal… Quem nunca ouviu esta canção? Bem, dependendo da sua idade, pode até ser que você nunca a tenha ouvido, mas certamente seus pais e todos os seus tios já ouviram.

Essa grande banda vem fazer uma turnê pelo Brasil e Fortaleza foi felizarda, pois vai receber um dia de show, a realizar-se no Arena, dia 16 de maio (sexta-feira). Os ingressos estão sendo vendidos na loja Kangaço, no Centro, e custam R$ 30.

Deixo aqui a recomendação desse show não só para quem gosta de rock, mas também para quem gosta de música romântica. Vale a pena conferir o trabalho dessa ótima banda.

Para ver e ouvir "Love Hurts":


quarta-feira, 7 de maio de 2008

UMA DOENÇA CRÔNICA - F. VIEIRA


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTORA FERNANDA VIEIRA


A obesidade é um dos principais problemas de saúde da atualidade e atinge pessoas de todas as classes sociais, constituindo um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento de nutrientes induzido, entre outros fatores, pelo excesso alimentar. No Ceará, a estimativa é de que existam cerca de 40 mil pessoas com obesidade mórbida, dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Em todo o País, a estimativa é bastante alta; existem mais de um milhão de obesos mórbidos. É elevado, também no Brasil, o número de pessoas com sobrepeso - cerca de 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) e, por incrível que pareça, essa tendência tende a crescer nos segmentos de menor poder econômico.

Sedentarismo, má alimentação e stress são os principais vilões no combate ao excesso de peso. Hoje fica muito mais difícil conseguir uma reeducação alimentar e eliminar os quilos a mais porque o sistema de globalização padronizou um estilo de vida em que é preponderante a inatividade corporal, visto que muitas pessoas passam a maior parte do dia em frente à televisão ou ao computador e são fiéis consumidores de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados.

Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências do excesso de peso. Mas, independentemente das conseqüências, existe hoje uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica), ou um aumento do peso das células adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas. Esse é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. O indivíduo pode até perder peso, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar novamente. É por isso também que, a longo prazo, os regimes bastante rigorosos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece bem rápido, mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições atribuídas pelo regime e volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o torturante vai-e-vem do ponteiro da balança.

Para evitar problemas de saúde e elevar a auto-estima com a perda de peso, nutricionistas e médicos recomendam, primeiramente, a introdução da atividade física para se conseguir a amenização da doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas atividades cotidianas, como subir escadas em vez de utilizar o elevador, e depois escolher uma atividade física que lhe proporcione prazer, que esteja fazendo aquilo que goste e não tenha a sensação de obrigação. Correr, nadar, dançar, jogar futebol, fazer musculação, andar de bicicleta, não importa a atividade física, o importante é o objetivo que deve ser alcançado. O segundo passo é mudar a alimentação, pois, como cada pessoa possui um metabolismo diferente, o ideal seria começar uma reeducação alimentar com um profissional experiente que possa ver que necessidades alimentares cada um tem e, a partir daí, elaborar um programa de alimentação balanceada, de preferência com muitas frutas, verduras e legumes. As dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato de serem desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas, fazendo com que, após um período de restrição, a pessoa coma muito mais.

O que o indivíduo precisa, isto sim, é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.

FORTALEZA SITIADA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Pequenas manifestações – como interrupções, por 1 hora, da circulação de ônibus – vêm sendo realizadas durante esta semana, mas somente ontem à noite, 06 de maio, concretizou-se a paralisação dos transportes públicos.

Por não terem avisado previamente sobre a greve, milhares de pessoas não tiveram como voltar para casa. Alguns recorreram para vans ou moto-táxis, que aumentaram o preço da corrida devido à procura; outros, por não terem alternativa, voltaram caminhando para os seus lares.

Fortaleza, hoje, permanece um caos urbano. Além de estudantes e servidores públicos e privados não terem condições de irem para suas faculdades ou seus trabalhos, reduziu o número de clientes nas lojas do centro da cidade e o fluxo dos carros foi prejudicado por causa dos milhares de ônibus parados nas ruas, a maioria com os pneus dianteiros esvaziados.

O motivo principal da revolta é o fato dos motoristas, cobradores e fiscais não estarem satisfeitos com o reajuste de 5% negociado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Viários e os empresários. Eles dizem que não foram consultados pelos representantes da categoria. Metade dos nove mil profissionais do setor não tem ligação com o sindicato.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus, o sindicato dos profissionais assinou um acordo no dia 30 de abril, no qual ficou acertado um aumento de 5% no valor do salário e um reajuste no vale-alimentação. Ao todo, o aumento chegaria a 7%.

A greve não tem previsão para terminar, mas motoristas reservas, que não aderiram ao protesto, foram solicitados e alguns ajustes estão sendo feitos nos ônibus, como a troca dos pneus que estavam furados, para disponibilizar a circulação destes.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A ATUALIDADE EM ALGUMAS FRASES - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


Rio Grande do Sul: calçada cede e carro é "engolido" pelo chão;
Ônibus é incendiado durante protesto na Somália;
Barco naufraga no Amazonas e mata ao menos 17 pessoas;
Mianmar: ciclone deixa quase 4 mil mortos;
Explosão em mina de Santa Catarina soterra 27 operários;
Polícia encontra corpos de três bebês em congelador na Alemanha;
Após ciclone, Rio Grande do Sul tem 22,5 mil desabrigados;


Photobucket

Bolivianos festejam autonomia
após resultado preliminar


E o mundo não pára; o tempo não pára, não.

terça-feira, 29 de abril de 2008

MARIAN KEYES - B. GUERRA


LITERATURA

AUTORA BÁRBARA GUERRA


marian keyes
smh.au


Marian Keyes é uma grande escritora irlandesa, que escreve sobre fatos do dia-a-dia e sobre mulheres, mulheres de todos os tipos: inseguras, fracas, fortes, a maioria delas com problemas de depressão na infância ou que passam por maus bocados ocasionados por choques, que poderiam acontecer a qualquer um de nós.

Eu pensei em escrever sobre algum livro dela, mas não pude escolher apenas um. Resolvi, então, falar do que há em comum entre eles e o que os torna incríveis. São livros para ler e refletir sobre a vida, e como sempre vão haver momentos assombrados por problemas, seja por fantasmas antigos ou novos, antes de se conseguir os momentos de plena felicidade.

Alguns dos livros caminham pela Psicologia e mostram pelo que as personagens passam para superar um choque, pessoal ou profissional. Vão contando aos poucos o que houve no passado que tanto as abalou. E é nesse ponto que a autora consegue prender o leitor, a curiosidade de entender os motivos de certos comportamentos, por meio dos quais sempre somos surpreendidos.

Os livros escritos por Marian e publicados no Brasil são: Melancia, Férias!, Sushi, Casório, É Agora... ou Nunca! e Los Angeles.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

UM VOTO DE CONFIANÇA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Há alguns dias, vinha querendo registrar aqui um questionamento e meu estresse de minhas manhãs de aula: Por que os pedestres não utilizam a bendita passarela?

Desço do ônibus e deparo-me com dezenas de estudantes, mães com seus filhos e trabalhadores optar por atravessar a Av. Washington Soares e desviar-se dos milhares de carros ao invés de escolher a passarela para atravessá-la.

Conversando com um amigo, ele tentou justificar essa decisão costumeira dizendo que, por acharem estar mais expostos a assaltos na passarela, as pessoas preferem atravessar a perigosa avenida a se arriscarem a uma possível abordagem inesperada.

Por mais coerente que pareça essa razão, ainda resistem algumas dúvidas: As ruas de Fortaleza estão repletas de motoristas inconseqüentes e, na Av. Washington Soares, parece que todos eles se revelam. Há milhares de acidentes. As ultrapassagens são mais perigosas de serem feitas, e tanto homens como mulheres de anos de direção tendem a se estressar ou até mesmo evitar dirigir na avenida. Então, diante dessa realidade, é viável arriscarmos nossas vidas atravessando essa avenida, correndo para não sermos pegues pelos carros a encararmos o nosso receio de caminharmos pela ponte? Podemos ser assaltados em qualquer esquina, infelizmente, então por que não damos preferência à vida e utilizamos uma obra construída para facilitar o cotidiano dos pedestres que circulam por aquele bairro? Às vezes, eu me pergunto: Será que as pessoas reclamariam do governo se não houvesse essa passarela ou elas simplesmente continuariam a atravessar a avenida, satisfeitas por estarem fazendo o que sempre fazem?


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NOTA DO EDITOR: Como de costume, o texto apresentado pode ser lido no blog pessoal da Camila. Clique aqui para conferir.

terça-feira, 22 de abril de 2008

INTRODUÇÃO A NÓS MESMOS


GABRIEL MACEDO & ELAINE QUINDERÉ


O que alguns de vocês lerão aqui não se trata de política ou economia, ciência ou saúde, cultura ou arte, esporte, literatura, nada. Trata-se de um desabafo. Uma manifestação sentimental.

No domingo, dia 13, eu, Gabriel, estive conversando com a aluna Elaine, a quem vocês todos devem conhecer. Nós gastamos algum tempo no MSN discutindo sobre o propósito inicial, a grande razão geradora do ContraOSenso.

O blog foi criado por sugestão da professora Elisabete Jaguaribe, da cadeira de Introdução ao Jornalismo. Antes de mais nada, quero que saibam disso. Quero que todos se lembrem do dia em que ela convidou a mim e a uma equipe a montar um site na Internet para falar sobre as pesquisas do seminário que haverá no final do semestre.

É preciso que eu, nesse momento, acrescente um ingrediente que acho fundamental: o meu ponto de vista. Na realidade, eu nunca vi o blog vinculado à disciplina Introdução ao Jornalismo. Todas as vezes que acessei, seja para escrever, para editar ou para ler, via o site mais conectado à turma que se juntou, de uma maneira ou de outra, na sala T44.

O que nós estivemos escrevendo até agora, para alguns serviu de informação, para outros, não. O que estamos percebendo é que a grande maioria desconhece o real significado do blog, acha que é mais uma maneira de se obter uma nota ou um ponto a mais na nossa média. Claro, a nota é importante, estamos em uma universidade particular. Notas boas são importantes.

Mas o blog, em essência, não gira em torno disso. Muito além de uma boa média, queremos, através do blog, iniciar-nos no nosso campo profissional jornalístico. É importante termos uma base de como será o nosso trabalho futuro, é importante estar atento ao que acontece. O blog não é um gerador de notas da disciplina de Introdução ao Jornalismo, ele é independente de qualquer disciplina. Sim, ele é uma introdução, uma introdução ao mundo, ao campo jornalístico e a nós mesmos.

O ContraOSenso é uma forma de aprendizado. Ele sim, podemos dizer, é o nosso real professor. É nele onde fazemos papel de jornalistas, onde denunciamos o que nos desagrada, onde aprendemos sobre assuntos diversos, onde podemos abrir nossa mente e deixar fluir o sentimento. Através dele, poderemos aprender a escrever, a pesquisar, a ler, a criticar, a aperfeiçoar e a alimentar qualquer atividade que, certamente, nos será extremamente útil quando pudermos nos chamar "operários do Jornalismo".

O que construímos até agora? Desafio-os a responder a essa pergunta. O que se tem erguido, até agora, a partir das primeiras publicações e comentários? Enquanto pensamos sobre isso, não podemos deixar de agir. Ação, leitor, ação, leitora, é disso que esses dois estudantes que aqui escrevem estão falando. Desafiamos todo e qualquer um a procurar compreender o mundo, o Brasil ou qualquer lugar que seja. Os jornais estão em circulação, a Internet nos metralha de informações a cada milésimo de segundo e a televisão não dorme, não apaga. Não podemos apagar. Não podemos nos apagar, fechar os olhos, viver na escuridão e, alienados, perder o grande coração da carreira jornalística: a in-for-ma-ção.

O nosso objetivo principal é informar, expandir nossos horizontes, crescer. É essa a proposta maior. Ninguém aqui está sequer preocupado com um ponto na média da primeira Nota Parcial de Introdução ao Jornalismo. Nenhuma pessoa que escreveu e contribuiu para o blog acredita, seriamente, que fez o que fez para ganhar créditos. Escrevemos porque precisamos e, principalmente, porque amamos.

Queremos despertar seus interesses, ver os futuros jornalistas desse mundo. Estamos no início de uma longa jornada, mas é no alicerce que se encontra a força de toda uma estrutura. Devemos fazer a diferença. Não queremos indiferença. Sejamos imparciais, mas mostremos nossos sentimentos, nossas angústias e desejos.


Nós apostamos e acreditamos, cegamente, que o site vai se manter de pé até mesmo quando o primeiro semestre da turma de 2008.1 se findar. Acreditamos sim que, enquanto houver apenas um fiel, um escritor, um mero informante, o diário virtual vai sobreviver. E quer saber por que temos tanta certeza disso? Porque não somos um, somos dois. Podemos ser três. Quatro, talvez. Podemos ser muitos. E muitos, enquanto sonham, tranformam, e enquanto transformam, realizam, realizam-se.

DO OUTRO LADO - T. HEROS


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA THAMYRES HEROS


Todas as reportagens devem antes ser analisadas por você mesmo, para que depois seja transmitido tudo o que os outros não irão transmitir. Devemos, portanto, parar a fim de analisar e de ir pelo outro lado da história.

O "Caso Isabella" teve muita repercussão na mídia, através de sensacionalismo e desrespeito. Reportagens encheram os jornais diários com especulações sobre o crime e, a cada dia, "novas informações" desnecessárias são despejadas.

O que muitos de nós, que estamos acompanhando o caso, ainda não atentamos foi para o outro lado da história. O caso não só deveria ter chocado toda a sociedade como também ter lhe instigado à critica sobre a falta de ética e competência tanto dos delegados e promotores vinculados ao caso como dos peritos. Um crime que aos seus olhos, faltam com o espírito investigativo e que parecia já ter respostas, mostrou-se mais complicado do que se pensava. A resolução do suposto assassinato foi seriamente abalada pela falta de preservação da cena do crime, bem como de outras possíveis provas que também perderam sua identidade. Também não foi respeitada a quantidade de vezes, estabelecida por lei, para que se analise a cena do crime.

Essa falta de competência não está ligada apenas à análise do caso da menina Isabella Nardoni, mas também vinculada a muitos outros casos que não foram tão divulgados pela mídia. Em conseqüência disso, o Brasil é conhecido mundo afora por essa irresponsabilidade com as provas do crime.

Com todos esses fatores, faz-se praticamente óbvio que nunca haverá provas suficientemente verdadeiras para apontar com convicção um culpado, e um crime que atingiu toda a comoção social provavelmente ficará sem solução, ou pior, acusará inocentes apenas para satisfazer a cobrança da opinião pública.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

CHICLETE - E. QUINDERÉ


LITERATURA

AUTORA ELAINE QUINDERÉ


chiclete
livraria loyola


Bubble Gum é o segundo livro da autora parisiense, Lolita Pille, polêmica autora do livro Hell. O livro mescla dois temas clássicos da literatura da autora: a inocência ultrajada e o pacto com o mal.

Em Bubble Gum, dois personagens se encontram e se confrontam: Manon, uma bela garota provinciana, que mora no sul da França e vai tentar sua carreira de modelo em Paris, e Derek, um herdeiro de uma multinacional, que tem como maior prazer manipular as pessoas e suas vidas. Derek é atraído por Manon, que entrega sua alma, seu destino e, naturalmente, seu corpo para ele. Graças a Derek, que, no desenrolar da história, torna-se seu namorado, Manon consegue ficar famosa e brilhar em todas as capas de revistas mais famosas mundialmente. Manon consegue se sobressair na elite parisiense, porém à base de antidepressivos, bebidas alcoólicas e entorpecentes. A desgraça de Manon se dá quando ela percebe que tudo não passou de um jogo do seu amado e, por ele ter "destruído" sua vida e, consequentemente, sua fama, traça um plano para se vingar.

Muitos comparam a personagem Manon com Madame Bovary, mas enquanto a personagem de Flaubert protagonizou romances "água com açúcar", Manon vive e sofre na pele a influência que muitos sofrem da mídia, da televisão e das revistas de celebridade: a fama a qualquer preço.
Embora Manon fique cega com os flashes das câmeras em sua volta, ela não é iludida. Sabe muito bem que muitos em seu meio aparecem por que parecem ser algo ou alguém. Ela conhece a linha tênue que separa a realidade e a ilusão.

A protagonista aparece em todas as propagandas e em todas as capas de revista. Em festas badaladíssimas, cheias de artistas célebres, lá está ela,envolta em uma luz ofuscante. Manon chegou ao topo e sabe que é uma vencedora. Até que Derek decide acabar com brincadeira, e o preço a ser pago por ela é a base de alucinações, depressão e alcoolismo.

Lolita Pille descreve uma narrativa mais complexa do que aparenta, é sempre crítica aos valores contemporâneos da sociedade. Agora, sabe-se muito bem porque o livro chegou a ser um dos mais vendidos na França.


pille
Lolita Pille

sexta-feira, 18 de abril de 2008

INDICIADO - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o pai e a madrasta, respectivamente, da menina Isabella, foram levados hoje ao 9º Distrito Policial para depor. Um forte esquema de segurança foi montado e a presença maciça da imprensa foi notada. Muitos curiosos estiveram presentes, inclusive chamando o casal de "assassino", numa demonstração emocionante de revolta e repúdia. O casal estivera na casa do pai de Alexandre e, pelo que consta, tiveram dificuldades em deixar o lugar. Precisaram seguir em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano Júnior, informou à mídia que o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, foi indiciado pelo homicídio da filha. Isso significa que ele se torna, oficialmente, suspeito de ter matado Isabella na noite de 29 de março. A mulher de Nardoni e madrasta da vítima, Anna Carolina Jatobá, segundo Galiano Júnior, será indiciada também pelo mesmo crime logo que terminar de prestar seu depoimento.


O diretor também afirmou que "o caso está praticamente solucionado" e confirmou que a prisão preventiva do casal, supostamente o próximo passo a ser dado, não será pedida à Justiça tão cedo.

"Para se fazer uma preventiva, tem que se reunir uma documentação, não é assim. Ela precisa ir bem embasada, não é o momento. De forma alguma ela será pedida hoje."

O que fazer? Aguardar? O que pensar? Não pensar? O que vocês, leitores, acham, afinal de contas? Acreditam nas suposições da polícia, que aponta o casal como principal suspeito, ou crêem na versão dos "acusados", a de que uma terceira pessoa, suposto criminoso, cometeu o assassinato e deixou o apartamento e o prédio sem deixar pista alguma?

terça-feira, 15 de abril de 2008

O REINO - B. GUERRA


CULTURA & ARTE

AUTORA BÁRBARA GUERRA


the kingdom


Nunca conseguiria discutir sobre esse filme em terceira pessoa, ou como se fosse uma resenha formal. Foi um filme que mudou meu modo de pensar, por isso, não vejo motivo para falar sobre ele como se não fosse algo que me atingiu. Que quero compartilhar com vocês.

A história começa com Ronald Fluery (interpretado pelo incrível, Jamie Foxx) dando uma aula na escola de seu filho. Ele fala sobre seu emprego como agente do FBI, realmente mostrando como o personagem é carinhoso e amável com o seu filho.

Enquanto isso, na Arábia Saudita, há um grande atentado terrorista contra a colônia americana que há no país. Homens vestidos como integrantes da polícia que protegia os americanos invadem o local atirando para todos os lados, inclusive em mulheres e crianças. Quando aparece a equipe de ajuda para os feridos, acontece uma explosão onde muitos morrem, inclusive um grande amigo de Ronald, chamado Fran.

Ronald e sua ótima equipe formada por Janet (Jennifer Garner), uma legista muito ligada ao Fran como ao Ronald, Grant (Chris Cooper), o mais experiente de todos e perito em decifrar mistérios e Adam (Jason Bateman), que foi incluso na equipe por ter dado a idéia de eles irem ao Reino da Arábia Saudita para descobrir quem foi o mandante dos ataques.

É uma trama cheia de mistérios e com um quebra-cabeça sendo decifrado com mínimos detalhes e com muita ação, mas a “mensagem” que é deixada ao final do filme foi o que mais me chamou à atenção. Não vou explicar qual é esse pensamento que me deixou sem sono; quero instigar vocês a assistirem o filme, quero saber se sou boba ou se ele é capaz de tocar várias pessoas, mesmo que de forma diferente.

O GRANDE FILME DE MONROE - T. LOPES


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA TAÍS LOPES


monroe


Um Absurdo! 1,5 milhão de dólares por uma cena de sexo oral? Sim, a humanidade chegou ao caos!

Uma cópia de uma cena de um filme onde Marilyn Monroe faz sexo oral em um homem não-identificado foi vendido por nada mais, nada menos que 1,5 milhão de dólares a um nova-iorquino, em um leilão. A cópia do filme e várias informações sobre o acontecimento teriam sido obtidas por meio de um filho de ex-agente do FBI que entregou o material a um leiloeiro. Segundo o jornal O Povo, o filme, em preto e branco, teria sido rodado nos anos cinqüenta, e sua cópia original foi retida pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) em 1960. Edgar Hoover, diretor do FBI, na época, mandou que seus agentes provassem que o homem desconhecido era o então presidente dos Estados Unidos, Jonh Kennedy, ou seu irmão Robert Kennedy, porém a tentativa foi em vão.

É triste ver que existem pessoas que fecham os olhos para todas as dificuldades presentes no mundo inteiro.

MAIS SOBRE A UNB; ROBERTO AGUIAR É O NOVO REITOR - G. MACEDO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


O professor aposentado, de 67 anos, Roberto Aguiar, foi nomeado hoje, pelo Ministério da Educação, como o reitor temporário da Universidade de Brasília. Essa conquista se deu pela vitória de Roberto na votação do Conselho Universitário da universidade supracitada. O ministro da Educação, citado anteriormente, Fernando Haddad, esteve presente durante o anúncio do secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota.

O reitor-substituto disse que suas prioridades, uma vez que assumirá por, provavelmente, dois meses, eram três:

1. apelar aos alunos para que deixem o prédio da reitoria, onde estão acampados desde o dia 3;
2. rever as contas da Universidade;
3. investigar os contratos da Instituição com as fundações.

"Não temos mais tempo de pequenos grupos. É o momento de grandeza. Nós passamos e a entidade fica. Nós passamos e deixamos uma marca de ética. É o momento histórico da universidade."

Foi isso que o reitor disse ao defender a idéia de que não pretende "usar carro oficial nem apartamento funcional destinados ao reitor Timothy". Aguiar também disse que uma de suas metas é realizar, o quanto antes, as eleições que indicarão o próximo reitor da Universidade. A grande maioria dos estudantes reinvidica: os votos dos professores, servidores e alunos devem ter o mesmo peso.

Roberto Aguiar foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, assessor do Ministério da Educação na gestão do senador Cristóvam Buarque e professor da Faculdade de Direito da UnB durante 20 anos. Será que ele será capaz de administrar uma situação tão delicada quanto essa? O que vocês acham?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A ONU

POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


O suíco Jean Ziegler declarou hoje, em relatório especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Alimentação, que a produção em massa de biocombustíveis significa crime contra a humanidade pelo seu impacto nos preços mundiais dos alimentos.

Isso mesmo que você leu: crime.

O argumento de Ziegler e dos demais críticos da tecnologia é de que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e também contribui para o aumento dos preços dos mantimentos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recebeu um pedido do relator especial da ONU para que mude a política que diz respeito aos subsídios agrícolas e para que deixe de apoiar somente os programas destinados à redução da dívida. Jean Ziegler acredita que a agricultura também deve ser subsidiada em locais onde se possa garantir sobrevivência da população como um todo.

"Temos agora que colocar nosso dinheiro onde está a nossa boca, para que possamos colocar comida em bocas famintas."

A frase é de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial (Bird), defendendo a idéia de que não se pode ficar apenas no discurso, mas tomar uma ação eficiente e prática. Juntamente ao presidente do Bird, o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, defendeu a adoção de medidas urgentes para conter a inflação.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva tomou a palavra. Ele disse que não se pode culpar o investimento nos biocombustíveis pela pressão nos preços. Defende a tese de que é necessário produzir mais em nível mundial. Lula considera a questão inteira como "inflação boa", pois "convoca" os países a produzir em maior quantidade. O Presidente acha que a inflação dos alimentos deve-se ao fato de que as pessoas estão comendo muito.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Brasil poderá se beneficiar pelo "choque de oferta", pois trata-se de um país ainda em parte agrícola.

domingo, 13 de abril de 2008

30 ANOS DE GUERRA NAS ESTRELAS - G. MACEDO


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTOR GABRIEL MACEDO


sabre de luz
folha


A aclamada e mais popular série do diretor George Lucas, Star Wars, está aniversariando. Foram trinta anos de criatividade, fantasia e muita ficção científica. Por isso mesmo, decidi noticiar o curioso fato dentro da categoria de Ciência & Saúde, apesar de não ter grandes relações com tal assunto.


A nave Discovery, que pode decolar na terça-feira (23), rumo à Estação Espacial Internacional, vai levar a bordo nada menos do que o sabre de luz utilizado pelo personagem mais famoso da série, Luke Skywalker, no filme de 1983, "O Retorno de Jedi".

O objetivo, é claro, é apenas comemorar o aniversário da série de Lucas. Acho que ninguém espera, de fato, utilizar o sabre de luz como arma contra ninguém! Ao final da missão da nave, o sabre ficará em exibição o Centro Espacial da Nasa, no Texas. A atividade espacial, que deve durar 14 dias, tem como objetivo lançar o módulo Harmony (um tubo de alumínio de pressão fabricado na Itália), que permitirá unir os laboratórios europeu e japonês (Colombus e Kabo, respectivamente), ao posto avançado orbital.

REITOR DA UNB RENUNCIA AO CARGO - G. MACEDO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR GABRIEL MACEDO


Em primeiro lugar, considero o assunto de que vou falar como parte da categoria Política & Economia porque creio que o que esteve acontecendo na Universidade de Brasília (UnB), além de passear nos campos culturais, sociais e por vezes pessoais, refere-se, em grande instância, à política brasileira como um todo. Quando falamos de política, pensamos em homens carecas que usam ternos sem graça e gravatas sem cores, óculos e canetas douradas, mas existe uma política na cabeça de cada estudante, do colégio à Universidade, e essa política é tão poderosa quanto qualquer outra existente.

Desde o dia 3 de abril, um severo número de estudantes da Universidade de Brasília tem estado, sem segredos e delongas, na reitoria da Instituição. A tomada do prédio é, fatualmente, uma invasão, mais ou menos como aconteceu, no ano passado, na Universidade de São Paulo (USP). Os alunos, até o dia 10, decidiram em assembléia manter a invasão e paralisar as aulas pelos dias seguintes, firmes e fortes na idéia de que só deixariam o prédio da reitoria na ocasião da renúncia do reitor Timothy Mulholland. A Polícia Militar não estava presente, mas não foi preciso. O número contado pelos próprios estudantes era de 1.600 pessoas em assembléia.

Segunda-feira, água e luz foram cortadas da Universidade. Os alunos também decidiram, na mesma reunião, que deixariam a reitoria quando, também, religassem as luzes e deixassem jorrar a água. No entanto, o ambiente não é de decadência. Enquanto esperam pelas decisões dos "homens do poder", os alunos dançam funk, praticam yoga, jogam futebol e vôlei. Não se trata, porém de um movimento pacífico. Manifestações contrárias à ocupação esquentam o clima a cada momento de tensão. Cerca de 300 servidores e professores da UnB foram ao edifício, em apoio ao reitor Mulholland. Um acidente já aconteceu. Trata-se da queda de um estudante de artes cênicas de um dos andares da reitoria. Felizmente, o rapaz passa bem e já voltou à ocupação, seu espírito revolucionário fervendo.

O reitor foi acusado em ação de mau caráter administrativo de usar de forma "ilegal" recursos que deveriam ser destinados à pesquisa na decoração de apartamento funcional. Mulholland se defendeu em nota: "Finalmente, tenho o direito de conhecer a acusação e de me defender na Justiça, onde meus direitos serão respeitados". Na semana passada, ele disse, com convicção, que não intenciona renunciar.

Pois muito bem. Vejam bem: ele o fez. O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que parlamentares, outros ministros e até mesmo o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, chegaram a apelar ao reitor que ele abandonasse o cargo por alguns dias. O Ministro mostrou-se extremamente responsável e envolvido na questão, comprometendo-se com tudo o que estiver acontecendo. Durante 60 dias, o reitor Timothy Mulholland ficará afastado da reitoria e seu vice, Edgar Mamiya, ficará a cargo. Em nota, o reitor afastado disse:

"Foi uma decisão pessoal para assegurar princípios constitucionais de eficiência, publicidade, moralidade, impessoalidade, legalidade e transparência nos fatos a mim imputados."

Para quem disse: "Eu entrei na forma da lei e sairei na forma da lei", é até engraçado observar o quão forte é o poder da pressão estudantil, força vital de qualquer instituição de ensino. Uma ação do Ministério Público Federal no Distrito Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios protocolou que cerca de R$ 470.000 foram desviados do financiamento de projetos e pesquisas e desenvolvimento institucional da UnB para mobiliar e decorar um imóvel do reitor. Além disso, R$ 72.000 foram usados para comprar um automóvel de uso exclusivo do mesmo.

Absurdo? Também acho.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

ISABELLA E A MÍDIA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Na penúltima aula de Introdução ao Jornalismo, 08 de abril, tivemos um debate sobre a intensa divulgação pela mídia sobre a trágica morte de Isabella de Oliveira Nardoni.

O acidente ocorreu na noite de 29 de março e, desde esse dia, o fato é narrado em todos os jornais de canal aberto. Se aquele que organiza a pauta jornalística soubesse ministrar melhor a notícia sobre o "caso Isabella", colocando apenas novas informações que pudessem solucionar a questão de quem foi o culpado de sua queda do sexto andar, talvez não haveria a repetição de dados já abordados ou a duração da matéria seria reduzida.

Todas as partes do Jornal Hoje apresentaram elementos irrelevantes no caso da menina de cinco anos: mostrou uma conversa com a irmã do Alexandre, Cristiane, os minutos de cada telefonema feito na noite do incidente e o decreto da Justiça a favor da liberdade do casal Alexandre Nardoni e Anna CarolinaJ atobá, presos há oito dias. O que poderia perdurar por, no máximo, dois minutos, tornou-se metade do jornal de hoje.

Por que há mais cobertura desse assunto quando já houve piores e o nível de importância dado para estes pela mídia foi mínimo comparado ao caso da menina Isabella? Na primeira quarta-feira desse mês, 02 de abril, aconteceu algo semelhante¹

e o vi sendo abordado no jornal da televisão por apenas um dia e somente como fragmento de uma matéria sobre Isabella. Então, como se justifica essa predileção?

Todos os dias surgem novas conseqüências da estrondosa chuva no Nordeste, os hospitais continuam não tendo como suprir o intenso número de pessoas com suspeita de dengue, manifestações durante a passagem da tocha olímpica pelos estados europeus, americanos e asiáticos persistem, acidentes ocorrem, infelizmente, diariamente, mas não há tanta divulgação sobre notícias globais, apenas sobre o infortúnio da noite de 29 de março.
Realmente espantou a todos o falecimento dessa linda garota que iria fazer aniversário na semana seguinte do desastre e com certeza é muito importante informar quando houver novas pistas que auxiliem para desvendar o mistério, mas a mídia não pode descuidar-se da sua meta de informar continuamente sobre o mundo e com maior ênfase o Brasil e concentrar-se em apenas um fato.

A finalidade do Jornalismo, segundo Bill Kovach e Tom Rosenstielno, no livro Os Elementos do Jornalismo, é "fornecer aos cidadãos as informações de que necessitam para serem livres e se autogovernar". As pessoas precisam das notícias por causa de um instinto básico do ser humano, que é nomeado de Instinto de Percepção, então, é importante manter a sociedade informada dos fatos em andamento, como também de novos temas e acontecimentos do mundo. Finalizo, por fim, perguntando: será que há algo por trás dessa intensa cobertura pela mídia sobre a morte de Isabella ou realmente eles acreditam que esse fato é mais relevante do que todas as tragédias diárias no Brasil, por assaltos, enchentes ou imprevistos?

¹Charlene Pimenta de Andrade, 10 anos, caiu do quarto andar de um prédio em Cariacica (ES). A suspeita é de que a criança, para fugir da agressão do pai, acabou pulando a janela. Ela teve fraturas no tornozelo direito e na bacia, mas está fora de perigo e não corre risco de morrer. O pai da menina vai continuar preso durante a investigação.

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NOTA DO EDITOR: Mais uma vez, a Doutora em Jornalismo Camila Marcelo nos prestigia com uma instigante matéria sobre a magnífica polêmica que assistimos a todo momento na TV sobre Isabella. O texto, como sua última resenha, também foi postado no seu blog pessoal e pode ser conferido aqui.

HAIRSPRAY - B. GUERRA


CULTURA & ARTE

AUTORA BÁRBARA GUERRA


Estrelando:
John Travolta - Edna Turnblad
Queen Latifah - Motormouth Maybelle
Michelle Pfeiffer - Velma Von Tussle
Christopher Walken - Wilbur Turnblad
Nicole Blonsky - Tracy Turnblad
Zac Efron - Link Larkin
Brittany Snow - Amber Von Tussle
Amanda Bynes - Penny Pingleton
Elijah Kelley - Seaweed J. Stubbs
Allison Janney - Prudy Pingleton
James Marsden - Corny Collins
Taylor Parks - Lil Inez
Jerry Stiller - Mr. Pinky
Paul Dooely - Mr. Spritzer

Hairspray Um filme baseado no premiado musical da Broadway. No começo dos anos sessenta, mais exatamente no ano de 1962, as mudanças começam. No elenco, grandes atores como John Travolta, Queen Latifah e Michelle Pfeiffer.

Divertido e com muitas críticas ao racismo, a superficialidade dos adolescentes da época e como a mídia define os parâmetros de beleza, [o filme] faz quem assiste ver que muitos desses problemas da época são atuais.

Tracy (interpretada pela carismática Nikki Blonsky), uma adolescente rechonchuda tem um grande sonho: fazer parte do mais popular show da época o Corny Collins Show. Por não estar dentro dos padrões de beleza e ser gordinha, logo que chega à seleção para entrar no programa, é humilhada por Velma Von Tussle (interpretada por Michelle Pfeiffer), a gerente e coreógrafa da emissora, que é muito preconceituosa.

A heroína não se deixa abalar por nada, no castigo do colégio faz amizade com Seaweed (interpretado pelo estreante Elijah Kelley), um rapaz negro que dança muito bem. Ele lhe ensina a dançar de uma forma diferente, o que faz com que ela entre no show.
Com um enredo eletrizante, músicas maravilhosas e coreografias de arrepiar, Hairspray é um musical gostoso e contagiante; é quase impossível vê-lo apenas uma vez.

O NORDESTE EM ALERTA - S. SALDANHA


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA SUZANE SALDANHA


As chuvas no Nordeste vêm deixando milhares de dezenas de desabrigados por toda a região. O estado mais atingido é o Maranhão. Em tal estado, cerca de 86 municípios sofreram danos e as inundações já mataram 4 pessoas. As fortes chuvas também vêm alcançando os estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

No nosso Estado, cerca de 172 mil pessoas foram lesadas nessa semana, e esse numero pode crescer. Uma das preocupações que o governo tem é a proliferação de doenças que pode ocorrer com as chuvas.

O presidente Lula disponibilizou 540 milhões de reais para ajudar as vítimas das enchentes, e os Estados começaram a trabalhar para conceder o seguro-safra, mais aplicado no período nas secas. Essas inundações não são novidades para nós, nordestinos. Temos que ter mais solidariedade e ajudar as pessoas que estão precisando. O Corpo de Bombeiros criou a campanha “Doa Ceará”. Todas as doações de alimentos não perecíveis, roupas (em especial, agasalho para idosos e crianças) e filtros deverão ser feitas em qualquer unidade da Corporação. Essas doações serão encaminhadas para a Capital e para os municípios mais atingidos pela chuva no interior do Estado.

Para qualquer doação, é só se encaminhar para as unidades do Corpo de Bombeiros. O telefone é 199. Vamos ajudar!

LADRÕES DE BICICLETA - C. MARCELO


CULTURA & ARTE

AUTORA CAMILA MARCELO


ladri di biciclette


A Unifor, todo mês, seleciona filmes para serem exibidos e debatidos. Esse projeto, Cineclube Unifor, é uma realização da Vice-Reitoria de Extensão, em parceria com a Distrivídeo e a TV Unifor. Quinta-feira passada, 03 de abril, foi a sessão nomeada de neo-realismo, representada pelo filme Ladrões de Bicicleta.

Ladri di biciclette, o real título desse longa-metragem, relata a história de Antonio Ricci, um homem de origem humilde que, após dois anos desempregado, consegue um emprego de colador de cartazes na cidade. Para garantir esse serviço, necessitava reaver sua bicicleta penhorada, então vende seus lençóis para pegá-la de volta.

Em seu primeiro dia de trabalho, estampa um sorriso em sua face, veste a farda e percorre a cidade colando os cartazes de atrizes americanas. A felicidade em ter arranjado uma ocupação que lhe proporcionasse um salário fixo mais benefícios durou pouco, pois, enquanto ajeitava um dos pôsteres na rua, a sua bicicleta foi roubada, destruindo o sonho de manter-se no emprego e melhorar a condição de vida da sua família.

O filme transcorre desse imprevisto, mostrando, ao longo das cenas, a Itália pós-guerra, completa de miséria e crise. Evidencia a questão de sobrevivência dos indivíduos, os quais, sem emprego, oportunidades ou esperanças, são obrigados a ir contra os valores morais e éticos da sociedade, cometendo pequenos furtos ou ganhando dinheiro enganando aqueles mais ingênuos. É o caso da "vidente" que cobra um valor alto para dizer palavras vazias, óbvias.

Embora haja a utilização de atores amadores, as expressões de angústia e gestos inquietos de Ricci (Lamberto Maggiorani) transmitiram a real sensação de estar em uma situação na qual deve-se escolher se segue as normas da sociedade e espera a ação da polícia quanto ao assalto ou usa-se a lei da selva de "cada um por si" e contraria os princípios de um bom cidadão em virtude da sobrevivência.

Ricci, sem esperanças e desesperado por não conseguir achar o ladrão de sua bicicleta, vê-se na necessidade de roubar uma para não perder o emprego que arduamente conseguiu. Ele não conseguiu furtar e não o prenderam por seu filho estar próximo. O filho entrega o chapéu ao pai e segura a sua mão, enquanto caminha na rua, dando-lhe força para este homem desapontado pelo seu mau exemplo para o filho, por não conseguir sua bicicleta de volta e por saber que no dia seguinte não poderia ir ao trabalho novamente.

E lembrando dessa comovente cena, recomendo esse magnífico filme de 1948 que marcou o cinema italiano quando produzido e ao longo desses 60 anos.


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NOTA DO EDITOR: A magnífica resenha que vocês leram aqui foi postada no blog da grande autora Camila Marcelo. Confiram-no a partir do texto supracitado.

CIDADE DO SILÊNCIO - R. MAIA


CULTURA & ARTE

AUTORA RENATA MAIA


bordertown
cinepop


Cidade do Silêncio é um filme produzido pelos Estados Unidos no ano de 2007 e os papéis principais são figurados por Jennifer Lopez, vivendo Lauren Adrian, uma ambiciosa jornalista americana, e Antonio Banderas, como Alfonso Diaz, um repórter mexicano ideológico.

Esse filme foi baseado em fatos verídicos de estupros seguidos de assassinatos, tendo como vítimas as operárias das fábricas da fronteira entre México e Estados Unidos. Com a lei do livre comércio, surgiram muitas fábricas onde são empregadas jovens moças que trabalham em regime muito severo e não ousam reclamar nem reivindicar melhorias salariais.

Lauren é enviada de Chicago para o México com finalidade de fazer um “furo de reportagem” e descobrir tudo o que os outros jornalistas não descobriram. Chegando ao local, a jornalista busca ajuda de seu amigo, Alfonso Diaz, que comanda o jornal Sol de Juarez e exerce sua profissão com ardor.

Lauren Adrian logo conhece Eva Jimenez, interpretada pela atriz Maya Zapata, uma operária de dezesseis anos que conseguiu sobreviver a um estupro e a uma tentativa de assassinato, onde o agressor foi o motorista do ônibus que transportava as operárias da fábrica.

A jornalista americana, com a ajuda de Alfonso, arquitetou um plano para prender o motorista. Infiltrou-se na fábrica onde Eva trabalhava e pegou o mesmo ônibus que a garota pegou no dia do estupro. Restando apenas Lauren como passageira, o motorista tentou assediá-la e foi preso pela polícia que já esperava no local.

Lauren faz uma excelente matéria, que, por desvio dos princípios éticos do jornalismo, estão erroneamente sendo subordinados a interesses políticos e privados, não pode ser divulgada. O chefe da jornalista tenta suborná-la oferecendo-lhe um cargo como correspondente internacional, que ela nega.

Inúmeras mulheres foram estupradas e mortas no México. O número divulgado foi de pouco mais de trezentas vítimas, mas informações extra-oficiais pontuam que mais de cinco mil foram assassinadas. As autoridades mexicanas ignoravam a gravidade dos fatos e foram negligentes, visto que banalizaram a vida humana. A princípio, o único objetivo de Lauren era fazer uma boa matéria e ter o reconhecimento de seu chefe. Com o tempo, ela percebeu que, como jornalista, seu principal objetivo deveria ser levar a verdade dos fatos e dar voz aos menos favorecidos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

CONTRA O "LIXO MUSICAL" - T. SOUSA


CULTURA & ARTE

AUTORA THAYANE SOUSA


lixo musical
getty images


Diariamente, nos deparamos com músicas que não possuem uma proposta cultural muito moralista. Essas músicas vêm pela mídia em forma de bombardeio aos nossos ouvidos e tomam não só o espaço geral como também as nossas moradias. “O mundo está acabado, irmãos”. Essa nobre fala de um importante músico brasileiro mostra como pessoas que possuem um conhecimento cultural mais amplo repudiam tal forma de expressão musical imposta pela mídia. Mas o problema está com a música? Não. A causa principal para o problema do consumo em massa desse tipo de música é o fato da mídia expor esse conteúdo a todas as camadas sociais, fazendo com que pessoas de “pouca informação” acabem aderindo aos gostos impostos pelas novelas e programas da TV aberta.

A prova dessa afirmação é que pessoas que têm mais acesso à cultura possuem uma facilidade de identificar fatores musicais que levam a dizer que a música é boa ou ruim. Tais fatores são: complexidade de sua melodia, arranjo e formação do conjunto musical e, por último, mas não menos importante, a letra. Esta última pode variar muito, pois cada pessoa tem sua forma de achar beleza em alguma frase ou citação.

Para concluir um raciocínio sobre a droga musical a que estamos submetidos, dou-lhes apenas um conselho: não se deixe influenciar pela mídia e sua cultura de massa.

SEMINÁRIO - G. MACEDO


AUTOR GABRIEL MACEDO

Como vão as suas pesquisas para o seminário?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

CORAGEM - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


coragem
g. macedo


Pela busca do compromisso com o social.

domingo, 6 de abril de 2008

CEM ANOS DA ABI - V. FREITAS


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA VIVIANE FREITAS


100 anos da abi

fenaj


Jornalistas - pelo direito à dignidade humana

Hoje, 7 de Abril, Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará e a Federação Nacional dos Jornalistas abraçam todos os colegas que exercem a profissão com ética e dignidade. Este ano, o dia é de dupla comemoração em virtude do centenário da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), fundada pelo catarinense Gustavo de Lacerda, em 7 de abril de 1908. A data marca a luta histórica dos jornalistas brasileiros pela liberdade de expressão, pela valorização e pelo reconhecimento de uma profissão que, como diria o eterno presidente da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, tem como principal compromisso levar à população a conscientização política e social.

Salários dignos, condições de trabalho, qualificação permanente, respeito profissional e, sobretudo, regras claras que balizem a relação da imprensa com a sociedade são imprescindíveis à responsabilidade social do jornalista. Por isso, a Fenaj e os 31 Sindicatos de Jornalistas do Brasil defendem de forma veemente a aprovação de uma nova Lei de Imprensa, a realização da Conferência Nacional de Comunicação, a criação do Conselho Federal dos Jornalistas e a obrigatoriedade do diploma de curso superior de Jornalismo como requisito fundamental para o exercício ético da profissão.

No Ceará, 2008 promete ser um marco na luta da categoria. Em assembléia histórica, os jornalistas aprovaram a contraproposta do Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão para celebrar uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) destinada especificamente aos profissionais de mídia eletrônica. Há seis anos, os jornalistas são regidos ilegalmente pela CCT dos radialistas por imposição das empresas que obrigaram seus empregados a obter registro profissional de radialista em retaliação à ação incisiva do Sindjorce no combate ao exercício ilegal da profissão nestas emissoras.

Apesar da vitória, a CCT específica para jornalistas de rádios e televisões permanece no campo das promessas, uma vez que o sindicato patronal ainda não assinou o documento. No setor de jornais e revistas, a situação não é diferente. Em campanha salarial há sete meses, grande parte dos profissionais de impresso ainda não recebeu reajuste salarial retroativo à data-base de setembro de 2007.

A dura realidade dos profissionais de imprensa do Ceará, contudo, não tira da categoria o espírito de celebração neste 7 de abril, porque ser jornalista é não aceitar a injustiça e a opressão. É denunciar o arbítrio e o desrespeito aos direitos dos trabalhadores. É se opor à censura velada ainda existente nas redações, e combater diariamente a autocensura, o pior tipo de mordaça que engessa os jornalistas e cala a voz daqueles que têm por dever de ofício levar a verdade à sociedade.


Celebramos hoje porque acreditamos que ser jornalista é ser ético, é crer num mundo melhor, mais humano e menos desigual. É ter peito para colocar o dedo nas feridas dos poderosos e coragem para tomar partido pelos mais fracos. É acordar toda manhã com o compromisso de fazer a melhor reportagem do dia e, à noite, colocar a cabeça no travesseiro e poder dormir de consciência tranqüila, com a nítida sensação de ter combatido o bom combate e de ter feito a sua parte pelo engrandecimento da profissão e pelo respeito à dignidade humana.

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FONTES> Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ &
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará
- SINDJORCE

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Então, meus caros, o que acharam? É possível crer que, desse artigo, podemos extrair assuntos para um série de discussões, desde a obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício da profissão até uma reflexão a respeito da profissão Jornalismo, esta que tanto almejamos. Não podemos deixar de lembrar que a nossa turma ingressou na faculdade num ano de muitas comemorações importantes, como o centenário da Associação Brasileira de Imprensa e o bicentenário da imprensa no Brasil. Coincidência ou não, convoco todos aqui, mentes pensantes da turma 2008.1 do curso de Jornalismo da UNIFOR, a discutir, seja no blog, seja em seu próprio silêncio, não só sobre a importância dessas datas, mas também sobre os futuros profissionais que queremos ser.

Enfim, publiquei na véspera do dia 7 para que possamos aproveitar o domingo e começar a reflexão, caso você ainda não a tenha feito. Que esta possa prosseguir e não termine quando nós recebermos o canudo de concludentes, e sim prossiga diariamente, no exercício da profissão.

sábado, 5 de abril de 2008

DE TEMPO FECHADO? - A. LINHARES


LITERATURA

AUTORA ALANA LINHARES


O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio
Paulinho Moska

DEMOCRACIA, CAPITALISMO E COMUNISMO - M. BRUNO


POLÍTICA & ECONOMIA

AUTOR MAÍLSON BRUNO


Diferentemente do que ocorre na autocracia, no absolutismo e em outros regimes autoritários, a democracia é caracterizada pela participação popular na política. Tal regime político se divide em dois tipos: a democracia direta e a democracia indireta ou representativa. A democracia direta refere-se ao sistema no qual os cidadãos participam diretamente da política, como ocorria, por exemplo, na Grécia Antiga, em seu período clássico. Já na democracia indireta ou representativa, quem toma as decisões políticas são aqueles que foram eleitos pelo povo, como ocorre, por exemplo, na maioria dos países ocidentais.

A Inglaterra é um país tido como símbolo da liberdade. A Constituição inglesa, não codificada, defende a tripartição de poderes. O Palácio de Westminster é o local onde ficam a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns, instituições políticas que limitam o poder do primeiro-ministro inglês, cargo ocupado atualmente por Gordon Brown, líder do Partido Trabalhista (Labour Party).

Os defensores do comunismo argumentam que democracias não são realmente democráticas, pois quando as classes dominantes têm o controle da máquina, elas manipulam o povo. Os comunistas afirmam que a democracia real somente é possível através do comunismo, porém, essa afirmação não condiz com a realidade, pois aqueles líderes políticos que se diziam defensores da igualdade social não passaram de déspotas que tinham o controle do Estado e, devido a isso, agiam em benefício próprio, citando, como exemplo, o ex-ditador cubano Fidel Castro, cuja fortuna pessoal se estima em pelo menos 110 milhões de dólares, mais inúmeras propriedades e negócios ao redor do mundo de incalculável valor. Os bens do cubano equivalem a 10% do PIB de Cuba, segundo a Forbes. É importante termos a consciência de que a democracia é o regime político que valida a participação do povo na política, e, independentemente do espetro político que apoiamos, aqueles que têm o controle sobre a máquina a usarão para propagandear suas idéias, concordar ou não com elas, fica a critério de cada um.