segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estou aqui, por incrível que possa parecer.


GABRIEL MACEDO

quinta-feira, 12 de junho de 2008

ANNAS E MIAS - E. QUINDERÉ


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTORA ELAINE QUINDERÉ


stop eating


A bulimia e a anorexia são disfunções alimentares mais presentes na população jovem, atingindo cerca de 2 a 4% dessa população. É difícil mapear o real número de pessoas que sofrem com tais doenças, pois estas estão cercadas de preconceitos e os próprios portadores desse distúrbio não confessam que têm o problema.

A anorexia é caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar, influindo diretamente na massa corporal da pessoa, e estresse físico. O distúrbio pode estar ligado a problemas de auto-imagem, dismorfia, dificuldade em ser aceito ou em lidar com a própria sexualidade. A taxa de mortalidade causada pela anorexia é de, aproximadamente, 10% e é considerada uma das maiores quando comparada a qualquer outro transtorno psicológico.

A bulimia atinge cerca de 90% das mulheres, e a pessoa portadora da doença é caracterizada por apresentar períodos em que se alimenta em excesso e é seguida pelo sentimento de culpa, fazendo com que a pessoa vomite tudo que comeu. Quando um bulímico está acima do peso, ele compensa isso com: exercício desmedido, vômitos, uso de laxantes e diuréticos.

Ambas as doenças têm causas que ainda não são bem conhecidas, havendo múltiplos fatores que contribuam para a sua ocorrência, como genéticos, sócioculturais ou psicológicos. Um outro fator que influencia as doenças seria a mídia, a apologia à magreza, o biotipo estabelecido pela sociedade de que as pessoas devem ser magras para serem aceitas.

O que me motivou a escrever um texto sobre essas doenças foi a grande quantidade de perfis e comunidades no site de relacionamentos “Orkut” fazendo apologia a esses distúrbios. O que muitos perfis e comunidades pregam é que ser magro é sinônimo de felicidade, não obstante as conseqüências que isso pode trazer. Alguns donos desses perfis fizeram mandamentos para bulímicos e anoréxicos; tais “mandamentos” traziam frases como: ser magra é mais importante do que ser saudável, você não deve comer comida gordurosa sem se punir depois disso, se você não é magro você não é atraente, perder peso é sempre bom, ser magro nunca é demais, dentre outras.

As conseqüências de tais distúrbios não se limitam apenas ao aspecto físico, mas também a efeitos do tipo: desmaios, fraqueza muscular, diminuição da temperatura corporal e pressão, danos severos aos dentes, rompimento gastro-esofágico e arritmia cardíaca, que em muitos casos pode levar a morte.


stop eating 2


Isso é o reflexo de uma mídia manipuladora e que padroniza o pensamento e estilo de vida de um indivíduo na sociedade. O endeusamento de celebridades e a busca incessante pelo sucesso e beleza, através da magreza exacerbada, causa efeitos piores do que se imagina.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

EXPECTATIVAS DE UM PRÉ-JORNALISTA - M. PEDROZA


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA MARÍLIA PEDROZA


ENTREVISTA COM GABRIEL MACEDO
POR MARÍLIA PEDROZA


MARÍLIA PEDROZA Há quanto tempo você estuda na UNIFOR?

GABRIEL MACEDO A minha primeira aula da UNIFOR foi ao dia 7 de fevereiro, portanto, estou cursando Jornalismo na Universidade há exatos três meses. Isso significa que estou em etapa de conclusão do primeiro semestre do ano.


MP E por que você escolheu o Jornalismo? Você sempre quis esse curso?

GM Eu nunca tive, em mãos, muitas alternativas. Desde muito cedo, ainda no Ensino Fundamental II, decidi-me pelo curso de Comunicação Social. O Jornalismo foi a minha meta por bastante tempo e sem interrupção. Naquela época, aos 14 anos, eu me sentia atraído por alguns dos ramos que a "raiz jornalística" apresenta. Eu queria escrever, produzir notícias e artigos, queria viajar e fazer grandes furos pelo mundo afora, queria criar arte, fotografando o universo ao meu redor, queria ajudar a comunidade que desde o começo dos tempos existe - a comunidade leitora. Dentre outras coisas, basicamente tudo o que um jornalista fazia despertava o meu interesse profissional. Hoje não é muito diferente. No entanto, eu posso enxergar agora um Jornalismo mais humano e menos idealizado, menos romântico até. Na Universidade, eu posso ver que não deixa de ser aquilo que tinha sonhado, mas a realidade é muito mais complexa e atraente do que imaginava.


MP Você está gostando das aulas?

GM Diariamente, eu me dirijo à sala de aula com uma nova expectativa. É muito gostosa a sensação do novo. E eu falo sobre "o novo" porque nenhuma aula que tive até agora se repetiu ou, de certa forma, foi mais importante do que a outra - constantemente, nós, os alunos, recebemos uma pilha de informações e levamos para casa um mote de reflexões a fazer enquanto estamos ociosos. Sim, eu gosto de cada aula, cada uma a sua maneira e ao seu nível.


MP Então, já que o Jornalismo é tão significativo em sua vida, o que, para você, é o exercício do Jornalismo e o que isso tem a ver com a cidadania e o conceito de cidadão?

GM O exercício jornalístico significa, para mim, um compromisso e, acima de qualquer outra coisa, o reconhecimento de que nenhum profissional, de área alguma, é o dono da verdade. A verdade, inclusive - eu tenho aprendido em sala de aula -, não existe sem relatividade. Acredito que, em Jornalismo especialmente, não existe Verdade, não há absoluto.


MP O que há, então?

GM Existem verdades, e cabe a cada um daqueles que serão os profissionais da Comunicação, absorver a realidade de uma determinada parcela da população, digerir outra de mais uma parcela e deglutir a realidade própria. Eu creio que o jornalista contemporâneo deve, antes, tornar-se cidadão do mundo. Quando ele assim agir, haverá um Jornalismo plenamente ético e sem absolutas verdades, mas pontos de vista. Pontos de vista que, juntos e em sociedade, constroem uma cultura diferente daquelas que vivemos nos tempos atuais. Eu anseio pela cultura do esclarecimento, extinta já há algum tempo.


MP E com toda essa visão de futuro jornalista formada, você já se imagina em alguma função específica ou já tem alguma preferência?

GM Eu não tenho uma preferência. Sinceramente, pretendo viajar pelo campo profissional como um todo. Ainda hoje quero escrever, pois acredito no verdadeiro poder que as palavras podem exercer nas mentes leitoras. Quero também conhecer diferentes "jornalismos", diferentes esferas, trabalhando em ações sociais e voluntárias. Quero, por lazer, fotografar as paisagens que eu julgar belas. Quero também estar diante de uma câmera de TV ou de um microfone do rádio. A cada diferente experiência, quero transitar atentamente pela profissão que escolhi para ocupar o meu tempo e me realizar profissionalmente. Eu ainda tenho muito o que conhecer - não sei se, daqui a alguns semestres mais, minha opinião será a mesma, mas estou certo de que é o Jornalismo. O Jornalismo que nasceu e ganhou maturidade na minha cabeça desde os tempos do colégio, o Jornalismo meu.


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NOTA DO EDITOR: A entrevista que você leu foi feita pela aluna Marília, com o seu colega, Gabriel, visando à publicação no jornal experimental que a professora Aíla Sampaio, de Língua Portuguesa I, pediu para que seus alunos fizessem. Ela foi adaptada e também publicada no jornal que a entrevistadora construiu para a disciplina de Introdução à Computação Gráfica.