quinta-feira, 22 de maio de 2008

SERÁ ISSO VERDADE? - L. PINHEIRO


CULTURA & ARTE

AUTOR LUCAS PINHEIRO


Já há algum tempo, documentários voltaram a fazer parte da cena de grandes filmes nos cinemas do Brasil e do mundo, mas algo de diferente tem acontecido nos últimos anos. Com a popularização do acesso à Internet, os documentários online têm atingido muito mais espectadores do que nas salas de cinema.

Grande exemplo é o documentário Zeitgeist, o Filme. Esse documentário independente é simplesmente fabuloso, inteligente e muito bem fundamentado. A primeira parte do filme é intrigante; baseia-se em História e Astronomia, na tentativa de mostrar que o nosso Jesus Cristo teria sido uma invenção da mídia romana para acalentar as massas. Daí o nome do filme ser Zeitgeist, que é uma expressão alemã que significa "espírito da época". Essa parte do filme tira você do sério, falando que, por exemplo, desde 10.000 a.C., entidades solares têm sido veneradas em diferentes culturas.

Exemplo maior é o do deus egípcio Hórus, de 3.000 a.C., que é um "Messias do Sol", que luta com Set, deus da lua. Hórus nasceu em 25 de dezembro (mero acaso? Acho que não!) e é filho da virgem Isis. Quando nasceu, três reis seguiram, como é dito no filme, "as pegadas de sua aurora". Como Jesus, começou a pregar aos 12 anos e foi apresentado aos deuses (batizado) aos 30. Tifão (assim como Judas) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou depois de 3 dias!

Casos de Messias como Jesus se repetiram na Frigia, com Attis, filho da virgem Nana, na Índia, com Krishna, em 900 a.C., filho da virgem Devaki, e com Dionísio, na Grécia, em 500 a.C. O igual também ocorreu com Mittra, na Pérsia, em 1.200 a.C. Esses salvadores ficaram conhecidos na história como avatares. Isso eleva um questionamento a todo o mundo ocidental cristão, de que será que, durante todos estes séculos, vivemos mais um fenômeno de réplica de crenças, no qual acreditamos no que nos foi imposto acreditar e, como a fórmula já funcionou antes em todos estes povos, também funcionaria para nós?

Já a segunda parte do filme deixa um pouco a desejar. Tenta incessantemente nos convencer de que os Estados Unidos sabiam dos ataques terroristas de 11 de setembro, trazendo depoimentos bastante convincentes de que a defesa aérea dos EUA teria sido enganada oficialmente no dia dos ataques para que não pudesse combater com eficácia os terroristas. A terceira parte fala da economia americana e os problemas que ela ira enfrentar com o Federal Reserve (Fed), órgão do governo responsável pela distribuição e controle do capital americano.


zeitgeist


Por mais que você possa ver em Zeitgeist uma teoria conspiratória a mais, terá que tirar o chapéu para a obra, porque esta é, no mínimo, brilhante!

Quer ver um trecho?


A JUVENTUDE E O PERIGO - L. PINHEIRO


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTOR LUCAS PINHEIRO


Os jovens sempre tendem a fazer todo tipo de coisa perigosa que se possa imaginar; uns dizem que é uma fase da vida, a rebeldia e o prazer de fazer tudo para desobedecer aos pais, mas à luz da ciência, tudo se explica. De acordo com pesquisas recentes, foi mostrado que o cérebro apresenta diferentes estágios de desenvolvimento, desde quando se é criança até a fase adulta. O desenvolvimento em etapas do cérebro começa pelas áreas posteriores e termina nas anteriores (de trás para frente). As regiões responsáveis pelo planejamento, raciocínio e controle de impulsos são as últimas a amadurecer. Assim, os adolescentes demonstram uma tendência bem maior à impulsividade e à prática de atos de risco, sejam relacionadas ao uso de drogas ou simplesmente à prática de esportes em favor de um prazer momentâneo por meio da adrenalina adquirida com a "aventura".


UMA VERDADE INCOVENIENTE

+ O adolescente tem 5 vezes mais chance de morrer em acidentes de carros do que adultos;
+ 22% dos estudantes do Brasil já fizeram uso de pelo menos um tipo de droga psicotrópica alguma vez na vida;
+ Os casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), no Brasil, são mais comuns em jovens de 10 a 22 anos pelo não-uso do preservativo.

O QUE É SER JORNALISTA? - C. SALES


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA SALES


Refletir sobre a iniciação à prática profissional impõe que se comece pelas expectativas. É ao confrontá-las com a realidade que nascem as frustações, estupefações e os deslumbramentos. O jornalista observa, através de suas lentes culturais e sociais, a idéia que um jornalista faz do exercício da profissão, o modo como a analisa. Os caminhos que entende que ela deve seguir constituem também olhares fortemente influenciados pelo local de trabalho.

Um órgão de comunicação poder ter seus códigos próprios, uma cultura jornalística específica interiorizada por toda a redação, mas a forma como cada jornalista se vê no interior dessa cadeia varia de acordo com "o terreno que pisa".

A rotina das convenções podem dominar a produção diária de um jornal, porém escrever não deixa de ser um ato de cultura e imaginação. Fazer notícias e reportagens pode ser entendido como contar "estórias", próximas das formas narrativas e discursivas de ficção. A notícia exige imaginação e riqueza linguística, além da exigência também de um forte domínio das convenções narrativas. Mas, verdadeiramente, não é bem assim; as notícias têm o mundo real como referência; narram, discursam histórias da própria sociedade.

Um jornalista, na prática, é meramente reduzido a uma porção de papéis e informações, aptos a serem reorganizados por ele, sentado em frente a um computador. As páginas de um jornal são um espaço exíguo onde cada notícia tem de disputar um lugar que ganhará por mérito próprio ou por demérito de outras.

Como qualquer profissão, Jornalismo também enfrenta lutas por melhores condições de trabalho. O jornalista é bem mais efetivamente valorizado no Sudeste, onde os salários apresentam uma efetiva diferença dos profissionais das outras regiões.

O Jornalismo é uma profissão que tem por natureza o intuito de reivindicar os direitos dos cidadãos, é uma atividade social, porém não defende seus próprios direitos. Não é à toa que é considerada uma subprofissão.

O piso salarial na capital paulista é de R$ 964 (jornada de cinco horas) e R$ 1.542,40 (jornada de sete horas). No Rio de Janeiro, a média salarial é de R$ 813,65 (jornada de cinco horas) e R$ 1.302,29 (jornada de sete horas). Esse é o salário do redator na Capital. Imagine, então, outras mídias, principalmente o rádio, primo pobre da profissão. Para mesclar a baixa remuneração, existem alguns benefícios escritos nas cláusulas dos sindicatos: transporte gratuito (para exercer a função), vale-refeição ou cesta básica (esta com desconto de 20% do empregado), auxílio-creche de R$ 135 por filho de até seis anos de idade, auxílio-viagem (se for a trabalho) e seguro de vida no valor mínimo de R$ 15 mil.

O Estado do Piauí tem a fama dos menores salários do setor. E não é apenas fama. A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, Teresinha de Souza Val, disse que o piso da região é de R$ 730. Ela ainda ressaltou que a média salarial do jornalista no Brasil é de dois mil reais e apenas 10% ganham mais que cinco pisos salariais. E é por essas e outras que se diz que o jornalista tem que amar a profissão.

A culpa é dos próprios profissionais da área. Se os jornalistas tivessem mobilização e não ficassem com medo de perder o emprego, hoje já estariam com uma faixa salarial bem melhor. Para sobreviver, o jornalista acaba caindo no duplo, e até no triplo emprego. Mas isso não se restringe apenas ao Brasil; diversos países de primeiro mundo enfrentam os mesmos problemas na área de Jornalismo. Um jornalista francês, por exemplo, ganha 18.700 francos mensais (cerca de 2.600 dólares).

É preciso haver uma distribuição coerente e justa entre as diversas mídias e as regiões do país. Não é justo um radialista do Piauí ganhar um salário mínimo ao mesmo tempo em que uma pequena parcela ganha mais de cem mil reais. Mesmo que sejam proibidos de escancarar a difícil situação que os aflige, os jornalistas devem reivindicar seus direitos. Ele é um cidadão e merece viver como tal.

Todos esses dados apresentados não servem e nem devem servir para desestimular os futuros profissionais, mas como uma espécie de alerta para os problemas em que serão inseridos, e depertar em todos uma enorme vontade de revolucionar, de transformar essa realidade. Que o amor pela atuação do jornalismo seja demonstrado pela satisfação e força de luta para a prática do bom exercício da profissão.


--


FONTE> Sindicato dos Jornalistas do Ceará

segunda-feira, 19 de maio de 2008

UMA PSICÓLOGA QUE ESCREVEU ALGUMAS VERDADES - M. PEDROZA


CULTURA & ARTE

AUTORA MARÍLIA PEDROZA


Uma psicóloga que assistiu ao filme Cazuza - O Tempo não Pára escreveu o seguinte texto:

--

Fui ver o filme Cazuza - O Tempo não Pára há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora: as pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos (ao menos eu) construir com conceitos de certo e errado.

No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai e que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos... A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras... O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida "correr solta". São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro. Ela admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra. Um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro, não.

Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz e, principalmente, com o fato de minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes, que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos. Só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem "não" quando necessário? Lembrem-se: dizer "não" é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigos de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e que foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz "sim" sempre.

Karla Christine
Psicóloga Clínica

--

Isso é para percebermos por que a mídia recebe o carinhoso apelido de "quarto poder". De fato, foi dada tanta atenção para uma pessoa que fez coisas tão erradas e que não devem ser tomadas como exemplos. Outro aspecto importante para se considerar é: o que nós, como futuros "atores" da mídia, vamos levar o que para os ouvintes, leitores e telespectadores? Será que estamos nos preparando adequadamente para a responsabilidade que teremos? Nós influenciaremos a opinião pública, nós ajudaremos a construí-la. Pensem nisso.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

CLÁSSICO MARCADO PELA INTOLERÂNCIA DECIDIRÁ O TITULO DA COPA UEFA - R. BARROS


ESPORTE

AUTOR ROBERTO BARROS


torcedor do zenit
globoesporte.com


Em Manchester, Zenit, clube de torcedores racistas, enfrentará o Rangers, que mudou a política de contratações em 89 e passou a aceitar católicos.

Zenit-RUS e Rangers-ESC decidem a Copa da Uefa nesta quarta-feira, em Manchester. Em campo, estará também a questão da intolerância, tanto racial quanto religiosa. A partida no estádio City of Manchester começa às 15:45, com acompanhamento em tempo real no GloboEsporte.com.

O time russo tem uma torcida declaradamente racista, e seu técnico, o holandês Dick Advocaat, já admitiu que não pode contratar jogadores negros. Por sua vez, há quase 20 anos, a equipe escocesa deu um passo à frente contra o preconceito: o Rangers, clube de origem protestante, optou por mudar a sua política de contratações ao abrir as portas para os católicos.

A torcida do Zenit é uma das mais radicais do mundo. Nos jogos do seu time, ela costuma ofender negros com faixas e cânticos racistas. Sua postura quase fez com que o clube fosse eliminado da competição pela Uefa. Nem mesmo os apelos da opinião pública mudaram a cabeça de dirigentes e torcedores. O Zenit não contrata negros, como deixou claro Advocaat em uma entrevista recente.

"Não quero negros no meu time porque meus torcedores não querem."

O Rangers, clube com mais de 130 anos de fundação, também passou décadas entregue ao preconceito. Só abria as portas do Ibrox Stadium para jogadores de origem protestante, já que o Celtic, seu maior rival, era admirado pelos católicos. A política só caiu em 1989, quando o técnico Graeme Souness convenceu os dirigentes a contratar Mo Johnston, atacante que havia brilhado com a camisa do Celtic alguns anos antes. Foi a primeira negociação católica desde a Primeira Guerra Mundial (entre 1914 e 1918). O Rangers aceitava os anseios dos tempos modernos e esquecia os ranços do passado, algo que o Zenit insiste em manter até hoje.

--

FONTE> globoesporte.com

--

Essa foto foi de um torcedor do time do Zenit em um jogo na Rússia contra Olympique de Marselha. O jogo citado acabou pouco tempo atrás e o Zenit ganhou de 2x0; foi campeão da Uefa, mas a torcida e o clube têm que mudar essa atitude completamente racista de não contratar jogadores negros. Sobre esse protesto, a Fifa não puniu o clube.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A JUSTIÇA FOI FEITA? - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


A prisão preventiva do casal considerado responsável pela morte de Isabella, Alexandre Nardoni, o pai de 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, a madrasta de 24, mantém-se após a negação do Tribunal de Justiça de São Paulo do habeas corpus em favor do casal.

Alexandre Nardoni está preso no 13º Distrito Policial, na Casa Verde, enquanto que Anna Jatobá foi transferida de uma penitenciária feminina da zona norte de São Paulo para a penitenciária de Tremembé, a aproximadamente 150 km da capital. A madrasta de Isabella foi levada para a mesma unidade onde Suzane von Richthofen cumpre pena porque houve um protesto entre as detentas de São Paulo. As mulheres escreveram no chão de uma das quadras do local palavras comovidas, como "Assassina Maldita" e "Homenagem a Isabella, Presente do Dia das Mães". Mais tarde, a primeira mensagem foi substituída por: "Estamos na Paz pela Vida".

Alexandre Nardoni também tem sido hostilizado. O casal, atualmente, mantém-se isolado, mas o pai de Isabella já conviveu com outros detentos. Não deu certo.

O desembargador Caio Canguçu de Almeida foi o responsável pela decisão de manter a prisão. O mérito do pedido deve ser ainda analisado por mais dois desembargadores do Tribunal, na Câmara de Julgamento e, segundo a assessoria do TJ, pode já entrar na pauta próxima semana. A defesa já informou que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) caso a decisão seja a mesma.

O argumento para manter Alexandre Nardoni e Anna Jatobá na prisão é de que o casal foi acusado pelos laudos da Polícia e também pelo promotor público pelo assassinato e por ter alterado a cena do crime. Essa última causa foi considerada grave e também fundamental para a prisão. A defesa de Nardoni e Jatobá entrou com o pedido de habeas corpus dois dias depois da prisão da quarta-feira (7), alegando que o juiz Maurício Fossen tomou uma decisão "emocional".


alexandre & anna


"(...) se tratam de pessoas
desprovidas de sensibilidade moral
e sem um mínimo de compaixão humana."

- trecho do documento escrito pelo
juiz Maurício Fossen, "emocionado"

Ficam, então, as perguntas:
Acabou? A justiça foi feita?

domingo, 11 de maio de 2008

CONVIDO A TODOS A ESSE GRANDE SHOW - R. BARROS


CULTURA & ARTE

AUTOR ROBERTO BARROS




Nazareth é uma banda escocesa de rock do final dos anos 60 (aproximadamente 1968). Neste ano, completou 40 anos de estrada e está saindo em turnê pelo mundo, para divulgar seu novo CD, The Newz, e comemorar junto a seus fãs essa data marcante para a banda - já que não é qualquer banda que se mantém, por muitos anos, fazendo sucesso pelo mundo. O novo álbum do grupo vem fazendo um relativo sucesso pela Europa e está em várias paradas nas rádios européias.

Às vezes, com seu rock bem ao estilo dos anos 70, mas sobretudo com suas baladas que, nos anos 70 e 80, embalaram muitos romances, o Nazareth fez parte da vida de muita gente durante este tempo todo. A trajetória de talento e persistência destes veteranos merece ser ressaltada.

Quando se fala em Nazareth, a primeira música citada é sempre "Love Hurts", afinal… Quem nunca ouviu esta canção? Bem, dependendo da sua idade, pode até ser que você nunca a tenha ouvido, mas certamente seus pais e todos os seus tios já ouviram.

Essa grande banda vem fazer uma turnê pelo Brasil e Fortaleza foi felizarda, pois vai receber um dia de show, a realizar-se no Arena, dia 16 de maio (sexta-feira). Os ingressos estão sendo vendidos na loja Kangaço, no Centro, e custam R$ 30.

Deixo aqui a recomendação desse show não só para quem gosta de rock, mas também para quem gosta de música romântica. Vale a pena conferir o trabalho dessa ótima banda.

Para ver e ouvir "Love Hurts":


quarta-feira, 7 de maio de 2008

UMA DOENÇA CRÔNICA - F. VIEIRA


CIÊNCIA & SAÚDE

AUTORA FERNANDA VIEIRA


A obesidade é um dos principais problemas de saúde da atualidade e atinge pessoas de todas as classes sociais, constituindo um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento de nutrientes induzido, entre outros fatores, pelo excesso alimentar. No Ceará, a estimativa é de que existam cerca de 40 mil pessoas com obesidade mórbida, dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Em todo o País, a estimativa é bastante alta; existem mais de um milhão de obesos mórbidos. É elevado, também no Brasil, o número de pessoas com sobrepeso - cerca de 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) e, por incrível que pareça, essa tendência tende a crescer nos segmentos de menor poder econômico.

Sedentarismo, má alimentação e stress são os principais vilões no combate ao excesso de peso. Hoje fica muito mais difícil conseguir uma reeducação alimentar e eliminar os quilos a mais porque o sistema de globalização padronizou um estilo de vida em que é preponderante a inatividade corporal, visto que muitas pessoas passam a maior parte do dia em frente à televisão ou ao computador e são fiéis consumidores de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados.

Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências do excesso de peso. Mas, independentemente das conseqüências, existe hoje uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica), ou um aumento do peso das células adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas. Esse é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. O indivíduo pode até perder peso, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar novamente. É por isso também que, a longo prazo, os regimes bastante rigorosos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece bem rápido, mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições atribuídas pelo regime e volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o torturante vai-e-vem do ponteiro da balança.

Para evitar problemas de saúde e elevar a auto-estima com a perda de peso, nutricionistas e médicos recomendam, primeiramente, a introdução da atividade física para se conseguir a amenização da doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas atividades cotidianas, como subir escadas em vez de utilizar o elevador, e depois escolher uma atividade física que lhe proporcione prazer, que esteja fazendo aquilo que goste e não tenha a sensação de obrigação. Correr, nadar, dançar, jogar futebol, fazer musculação, andar de bicicleta, não importa a atividade física, o importante é o objetivo que deve ser alcançado. O segundo passo é mudar a alimentação, pois, como cada pessoa possui um metabolismo diferente, o ideal seria começar uma reeducação alimentar com um profissional experiente que possa ver que necessidades alimentares cada um tem e, a partir daí, elaborar um programa de alimentação balanceada, de preferência com muitas frutas, verduras e legumes. As dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato de serem desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas, fazendo com que, após um período de restrição, a pessoa coma muito mais.

O que o indivíduo precisa, isto sim, é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.

FORTALEZA SITIADA - C. MARCELO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTORA CAMILA MARCELO


Pequenas manifestações – como interrupções, por 1 hora, da circulação de ônibus – vêm sendo realizadas durante esta semana, mas somente ontem à noite, 06 de maio, concretizou-se a paralisação dos transportes públicos.

Por não terem avisado previamente sobre a greve, milhares de pessoas não tiveram como voltar para casa. Alguns recorreram para vans ou moto-táxis, que aumentaram o preço da corrida devido à procura; outros, por não terem alternativa, voltaram caminhando para os seus lares.

Fortaleza, hoje, permanece um caos urbano. Além de estudantes e servidores públicos e privados não terem condições de irem para suas faculdades ou seus trabalhos, reduziu o número de clientes nas lojas do centro da cidade e o fluxo dos carros foi prejudicado por causa dos milhares de ônibus parados nas ruas, a maioria com os pneus dianteiros esvaziados.

O motivo principal da revolta é o fato dos motoristas, cobradores e fiscais não estarem satisfeitos com o reajuste de 5% negociado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Viários e os empresários. Eles dizem que não foram consultados pelos representantes da categoria. Metade dos nove mil profissionais do setor não tem ligação com o sindicato.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus, o sindicato dos profissionais assinou um acordo no dia 30 de abril, no qual ficou acertado um aumento de 5% no valor do salário e um reajuste no vale-alimentação. Ao todo, o aumento chegaria a 7%.

A greve não tem previsão para terminar, mas motoristas reservas, que não aderiram ao protesto, foram solicitados e alguns ajustes estão sendo feitos nos ônibus, como a troca dos pneus que estavam furados, para disponibilizar a circulação destes.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A ATUALIDADE EM ALGUMAS FRASES - G. MACEDO


ASSUNTOS VARIADOS

AUTOR GABRIEL MACEDO


Rio Grande do Sul: calçada cede e carro é "engolido" pelo chão;
Ônibus é incendiado durante protesto na Somália;
Barco naufraga no Amazonas e mata ao menos 17 pessoas;
Mianmar: ciclone deixa quase 4 mil mortos;
Explosão em mina de Santa Catarina soterra 27 operários;
Polícia encontra corpos de três bebês em congelador na Alemanha;
Após ciclone, Rio Grande do Sul tem 22,5 mil desabrigados;


Photobucket

Bolivianos festejam autonomia
após resultado preliminar


E o mundo não pára; o tempo não pára, não.