CULTURA & ARTE
AUTORA
Cidade do Silêncio
cinepop
Esse filme foi baseado em fatos verídicos de estupros seguidos de assassinatos, tendo como vítimas as operárias das fábricas da fronteira entre México e Estados Unidos. Com a lei do livre comércio, surgiram muitas fábricas onde são empregadas jovens moças que trabalham em regime muito severo e não ousam reclamar nem reivindicar melhorias salariais.
Lauren é enviada de Chicago para o México com finalidade de fazer um “furo de reportagem” e descobrir tudo o que os outros jornalistas não descobriram. Chegando ao local, a jornalista busca ajuda de seu amigo, Alfonso Diaz, que comanda o jornal Sol de Juarez e exerce sua profissão com ardor.
Lauren Adrian logo conhece Eva Jimenez, interpretada pela atriz Maya Zapata, uma operária de dezesseis anos que conseguiu sobreviver a um estupro e a uma tentativa de assassinato, onde o agressor foi o motorista do ônibus que transportava as operárias da fábrica.
A jornalista americana, com a ajuda de Alfonso, arquitetou um plano para prender o motorista. Infiltrou-se na fábrica onde Eva trabalhava e pegou o mesmo ônibus que a garota pegou no dia do estupro. Restando apenas Lauren como passageira, o motorista tentou assediá-la e foi preso pela polícia que já esperava no local.
Lauren faz uma excelente matéria, que, por desvio dos princípios éticos do jornalismo, estão erroneamente sendo subordinados a interesses políticos e privados, não pode ser divulgada. O chefe da jornalista tenta suborná-la oferecendo-lhe um cargo como correspondente internacional, que ela nega.
Inúmeras mulheres foram estupradas e mortas no México. O número divulgado foi de pouco mais de trezentas vítimas, mas informações extra-oficiais pontuam que mais de cinco mil foram assassinadas. As autoridades mexicanas ignoravam a gravidade dos fatos e foram negligentes, visto que banalizaram a vida humana. A princípio, o único objetivo de Lauren era fazer uma boa matéria e ter o reconhecimento de seu chefe. Com o tempo, ela percebeu que, como jornalista, seu principal objetivo deveria ser levar a verdade dos fatos e dar voz aos menos favorecidos.
2 comentários:
aproveitando a excelente resenha e dica da renata, quero dizer que há um filme muito bonito e cheio de emoção que também trata da questão do assédio contra as operárias dos canadá.
"terra fria" não trata da ética jornalística ou da profissão em si de maneira alguma. o tema do filme é a luta da primeira mulher que tomou a decisão de prestar queixas contra um colega de trabalho e os demais "porcos", como costumava dizer.
a personagem de charlize theron, mãe solteira de um típico, mas especial rebelde adolescente, tenta unir o grupo mínimo de mulheres que trabalhavam na fábrica, com toda a força que tem, não para fechar o lote industrial, mas para ganhar o direito de trabalhar durante a semana com dignidade, receber o pagamento no final do mês e, de vez em quando, tomar uma cerveja com as amigas no sábado.
"terra fria". é muito, muito bom. quem puder e quiser, procura lá na locadora. (:
Parece ser muito bom esse filme, principalmente pelo fato da atriz principal ser jornalista. ;)
E quanto ao filme que o Gabriel comentou acima, Terra Fria, tenho a leve impressão de ter assistido. Se for o mesmo filme, é realmente um bom filme.
Não tem nada a ver com o jornalismo como em Cidade do silêncio, mas fala dos maus tratos destinados às mulheres em uma fábrica.
Muito bom o filme, vale a pena.
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